
A capital do Maranhão, São Luís, agora conta com o seu primeiro gasoduto de distribuição de gás natural, com extensão de quatro quilômetros. A estrutura integra o Sistema de Distribuição de Gás Natural (SDGN2), implantado oficialmente pelo governador Carlos Brandão nesta quarta-feira (30), em solenidade realizada na base operacional da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar) no Porto do Itaqui.
Implementado pela Gasmar, empresa estadual responsável pelo projeto, o SDGN2 passa a fornecer 250.000 m³ por dia de gás natural à mineradora Vale. É o segundo sistema de distribuição de gás natural do Maranhão e contou com R$ 100 milhões em investimentos. A estatal maranhense já atuava na operação e manutenção do SDGN1, no Complexo Termoelétrico da Parnaíba, com base operacional em Santo Antônio dos Lopes, município na região Central do Maranhão.
Com a abertura do SDGN2 em São Luís, há a possibilidade de expansão da oferta de gás natural para hospitais, estabelecimentos comerciais e indústrias da região metropolitana e até mesmo para uso residencial no futuro.
A utilização de gás natural é apontada por especialistas do setor energético como solução viável para redução das emissões de gases de efeito estufa, especialmente em setores econômicos de difícil descarbonização.
“Isso aqui é um marco na história do Maranhão, especialmente aqui em São Luís, porque nós estamos implantando uma energia renovável, uma energia com menos poluição, com menos emissão de gás carbônico. Corresponde a redução do custo de energia, uma energia mais barata, mais limpa e será, com certeza, um grande atrativo para nossos investidores”, ressaltou o governador Carlos Brandão.
Redução na emissão de carbono e baixo custo operacional
A implementação do SDGN2 possibilita a distribuição do gás natural do Porto do Itaqui diretamente às instalações da empresa Vale, que agora opera comercialmente com a Gasmar. Com o contrato firmado com a Gasmar, a Vale anunciou uma redução de 28% nas emissões de carbono na usina de pelotização em São Luís, com a substituição do óleo.
“Essa iniciativa pra gente é fantástica. Estamos promovendo com ela uma redução de 28% das nossas emissões de gás carbônico. Isso contribui com o objetivo mais macro da Vale, que é uma redução de 30% das suas emissões até 2030. É um projeto que toca no ambiental e reduz o nosso custo de operação, torna as nossas usinas mais competitivas frente ao mundo”, avalia o gerente geral de operações de Pelotização da Vale, Giosan Souto.
De acordo com o diretor-presidente da Gasmar, Allan Kardec Duailibe, a disponibilidade de gás natural na região industrial de São Luís significa expansão da oferta fundamental para atração de novos negócios e formação de futuras cadeias econômicas. “Aqui nós estamos iniciando aquilo que o governador nos pediu, que se chama industrialização do Maranhão, usar o produto do Maranhão para ser consumido pelas indústrias do Maranhão. Quando você fala de indústria, você fala de emprego e renda gerados aqui mesmo no Maranhão. Esse é o primeiro impacto. O segundo impacto é, obviamente, o impacto ecológico. O gás é muito mais limpo do que o óleo combustível”, frisa Kardec.
COP30 e matriz energética sustentável
Um dos exemplos possíveis de utilização desse tipo de energia limpa vem do mercado automotivo. A implantação do SDGN em São Luís pode viabilizar a adoção do Gás Natural Veicular (GNV), fator que pode impulsionar a economia estadual, com a geração de novos empregos e fontes de renda. O governador Carlos Brandão destacou a importância do novo SDGN para atração de novos negócios e sobre o uso de fontes energéticas que promovam a sustentabilidade ambiental.
A implantação do sistema de distribuição de gás natural será um dos temas tratados pelo Maranhão na COP30 [Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025], marcada para novembro deste ano, em Belém (PA).
“Vamos divulgar esse fato para que novos investidores procurem se instalar nesse entorno aqui do Porto do Itaqui. Lembrando que nós também estamos pensando futuramente no gás veicular. Eu tenho sempre cobrado que a gente possa colocar o gás nos carros, nos motoristas de táxi, motoristas de aplicativo, porque a gente produz 8,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia na região de São Antônio do Lopes para alimentar cinco termelétricas que geram energia”, pontuou Brandão.
A solenidade de implantação do Sistema de Distribuição de Gás Natural (SDGN2) também contou com a presença do deputado federal Pedro Lucas Fernandes e do presidente da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB).
*Fonte: Governo do Maranhão
Fonte: https://oimparcial.com.br/politica/2025/07/brandao-inaugura-primeiro-sistema-de-distribuicao-de-gas-natural-de-sao-luis/