Campeonato Maranhense deverá ter novo formato em 2026

Os clubes da Série A do Campeonato Maranhense já estão discutindo sobre a realização do próximo Estadual de 2026.

Eles se reuniram nas últimas horas com membros da junta interventora da entidade, buscando encontrar a melhor fórmula de disputa da competição, que será adequada à recomendação da CBF no cumprimento do calendário. Ficou acertada a data de início da Série A para 11de janeiro, prosseguindo até a primeira semana de março.

A fórmula que tem maior aprovação, no momento, é a realização do campeonato com um turno único, jogando todos os clubes entre si, classificando-se quatro para a semifinal que decidirá o título: 1º x 4º colocado e 2º contra o terceiro. O quinto colocado estará livre do rebaixamento e o oitavo cai direto.

O sexto colocado e o sétimo disputarão o segundo rebaixado, em dois jogos. As semifinais também deverão ter dois jogos, mas primeiro e segundo colocados farão a segunda partida em casa. Foi solicitada à Federação Maranhense de Futebol o patrocínio das despesas de arbitragens e ambulâncias.

Com a definição do início do Estadual, os clubes acreditam que será possível iniciar a montagem de um orçamento compatível com o período de disputa, que ficou cada vez mais enxuto. De um modo geral, os dirigentes presentes à reunião, concordaram com a nova fórmula, por considerar que não há tempo suficiente para um número maior de jogos.

Estádios precisam melhorar funcionamento

Os clubes também querem ajuda do estado e do município para formação de parcerias, bem como a garantia de bom funcionamento dos dois estádios da capital. Como se sabe, o Castelão, apesar de passar por ampla reforma no ano passado, quando foi cogitada a realização de um jogo das Eliminatórias da Copa do Mundo, tem um gramado aceitável, mas está com o setor 1 das arquibancadas interditado devido a infiltrações de águas pluviais, e o Nhozinho Santos funciona precariamente, com um gramado bastante ruim. A praça esportiva da Vila Passos também necessita de manutenção nas suas dependências internas.

Nesta temporada, poucos jogos oficiais foram realizados no Nhozinho, fazendo com que o estádio do Outeiro da Cruz fosse utilizado em todos os jogos do Brasileiro, onde três equipes da capital participavam da Série D. No momento, as partidas da Série B (segunda divisão do Estadual) estão sendo realizadas ali, mas o gramado é bastante defeituoso e são muitas as reclamações de jogadores e técnicos.

Nesta temporada, o Estadual chegou a ter jogos disputados em Cantanhede, devido à falta de laudos e péssimas condições dos gramados das duas praças esportivas da capital bem como da cidade de Viana, que em 2026 disputará a segunda divisão, o mesmo acontecendo com o Pinheiro Atlético Clube. 

Agora, os representantes de clubes estão dispostos a pedir diretamente aos titulares das secretarias de esportes do Estado e de São Luís, para que os dois estádios sejam preparados até dezembro, aproveitando o período de inatividade do futebol profissional a partir do próximo mês de novembro.

Vagas nacionais

O Campeonato terá 18 datas e deverá ser respeitado o calendário divulgado pela CBF, terminando no dia 6 de março. Em relação às competições nacionais, caso nenhum clube tenha vaga no Campeonato Brasileiro, a distribuição deverá apontar as duas primeiras para campeão e vice, ficando uma outra vaga com o terceiro lugar na Copa do Brasil. Caso os dois primeiros já tenham vagas garantidas por outros critérios, o terceiro colocado poderá escolher entre o Brasileiro da Série D ou a Copa do Brasil. O quarto colocado ficaria com a vaga remanescente.

Procurador apela ao STF

O Procurador Geral de Justiça do Maranhão, Danilo Castro, ofereceu contestação à Reclamação Constitucional apresentada ao STF, e solicita ao ministro Flávio Dino para que todas as decisões tomadas pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos e pelo desembargador Marcelo Carvalho, do TJ/MA, sejam mantidas, inclusive, que seja liberada a realização das eleições para nova diretoria da entidade, cujo presidente Antônio Américo está afastado por decisão da Justiça Comum. 

Américo entende que as federações só podem ser julgadas por entidades esportivas, segundo a Lei Geral do Esporte.

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