21 de setembro de 2024
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Após já ter identificado e intimado duas pessoas diretamente ligadas ao carro modelo Clio, de cor vermelha — no qual foram encontrados mais de R$ 1 milhão na Rua das Andirobas, no bairro Renascença — a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) busca agora descobrir quem era o motorista do Fit Preto, que aparece em imagens ‘resgatando’ Guilherme Ferreira Texeira. O caso teve repercussão nacional.

O veículo preto, segundo a polícia, está registrado no nome da mãe do prefeito Eduardo Braide (PSD), que faleceu em 2010.

Em imagens captadas de câmeras de videomonitoramento da rua, Guilherme Ferreira é visto saindo do carro com R$ 1 milhão e entrando neste segundo automóvel.

Até então, ele trabalhava como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa, lotado no gabinete do suplente Soldado Leite, que substitui o deputado licenciado Fernando Braide (PSD), irmão do prefeito da capital. 

Para a Polícia Civil, a identidade de quem dirigia o segundo carro visto nas imagens será fundamental para o avanço das investigações. Os policiais tentam desvendar qual era a origem do dinheiro e onde o montante seria aplicado. 

A suspeita é de que as cédulas seria utilizadas no processo eleitoral, segundo afirmou o superintendente da Seic em entrevista, delegado Augusto Barros.

Guilherme Ferreira Teixeira pertencia ao gabinete de Fernando Braide, e em decorrência da licença do parlamentar, permaneceu na mesma estrutura da pasta, à disposição do suplente, Soldado Leite.

Antes de trabalhar com Fernando Braide ele já havia atuado como assessor parlamentar de Eduardo Braide na Câmara Federal e na estrutura da Prefeitura de São Luís, depois de Braide ter sido eleito para o comando do Palácio La Ravardière. Guilherme foi exonerado do cargo no Legislativo Estadual na semana passada. 

Antes dele, Carlos Augusto Diniz da Costa — conhecido como “Makilas” — fora exonerado da estrutura da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit).

Ele é o homem visto em imagens captadas por uma equipe de reportagem da TV Mirante, conversando com policiais — horas após o achado do carro com R$ 1 milhão no Renascença. 

Naquela ocasião, ele se disse ser o proprietário do veículo — alegando que o tinhaemprestado a outra pessoa.

Porém, Carlos Augusto Diniz se manteve em silêncio quando levado a depor na sede da Seic. Este primeiro envolvido também declinou quem teria sido o destinatário do veículo. Ele deve prestar depoimento ainda nesta semana.

Não se sabe até o momento quem estava dirigindo o FIT preto, registrado no nome da mãe de Fernando e Eduardo Braide.

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2024/08/carro-do-milhao-policia-busca-identificar-motorista-de-segundo-veiculo-visto-em-imagens/