22 de setembro de 2025
Caso Ruy Ferraz: Justiça decreta prisão do sétimo suspeito de
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A Justiça de São Paulo decretou, ontem, a prisão temporária de Willian Silva Marques, 36 anos, sétimo suspeito de envolvimento no assassinato de Ruy Ferraz, ex-delegado-geral do estado. Marques é proprietário da casa em Praia Grande de onde teria saído o fuzil possivelmente usado no crime e não possui antecedentes criminais.

Segundo a investigação, o imóvel em Praia Grande foi utilizado pelos criminosos. Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, presa por envolvimento no caso, teria buscado nessa residência o fuzil usado na execução e levado para a capital.

Além dela, já estão detidos Rafael Marcell Dias Simões, de 42 anos, preso na madrugada de sábado em São Vicente, e Luiz Henrique Santos Batista, o “Fofão”, suspeito de atuar na logística do crime, detido na sexta-feira. Fofão, segundo a polícia, teria dado carona a um dos envolvidos na fuga após a execução.

Emboscada

O crime ocorreu na última segunda-feira, quando Ferraz, de 64 anos, foi alvo de uma emboscada a tiros em Praia Grande. O ex-delegado chefiou investigações contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) e chegou a prender o líder da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola”. Ferraz também atuou como secretário de Administração do município.

As autoridades investigam Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como “Azul” ou “Colorido”, chefe do PCC na Baixada Santista, que poderia ter interesse no assassinato por conta das atividades de Ferraz na administração municipal, incluindo o controle de licitações.

O secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, declarou não ter dúvidas de que o PCC está por trás da execução. Ele destacou, contudo, que a força-tarefa criada para apurar o crime também investiga se houve participação de agentes de segurança na emboscada.

Ruy Ferraz ocupou o cargo de delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e era reconhecido por sua atuação contra o tráfico de drogas. A morte dele reacendeu o alerta sobre o poder de influência da facção no estado e a escalada da violência ligada ao crime organizado.

Inimigo do PCC

A polícia trabalha com duas linhas principais de investigação: o crime pode ter sido motivado por vingança do PCC, contra o delegado que investigou a facção por mais de 20 anos e era jurado de morte; ou por represália à atuação de Ruy Ferraz Fontes na prefeitura de Praia Grande, onde atuava como secretário de Administração nos últimos anos.

O ex-delegado era considerado um dos principais inimigos do PCC e, desde 2006, era jurado de morte, após indiciar a cúpula da facção, incluindo “Marcola”.

O Correio entrou em contato com a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo e em nota, o órgão informou que as forças de segurança seguem mobilizadas para identificar e prender todos os envolvidos no crime.

* Fonte: Correio Braziliense

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/09/caso-ruy-ferraz-justica-decreta-prisao-do-setimo-suspeito-de-emboscada-ao-delegado/