4 de julho de 2025
Sinal de alerta para gripe no Maranhão; casos de internações
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O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (3), revela que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam em patamares elevados em grande parte do território nacional.

A análise também identificou sinais de queda ou estabilização no avanço dos casos de SRAG relacionados ao vírus influenza A em diversos estados das regiões Centro-Sul, Norte e em alguns do Nordeste, além de uma redução dos casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) nessas mesmas regiões.

O InfoGripe é uma iniciativa do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento da SRAG no Brasil, com o objetivo de apoiar as ações das vigilâncias em saúde na definição de áreas prioritárias para intervenção, planejamento e resposta a emergências sanitárias. Esta edição do boletim corresponde à Semana Epidemiológica 26, compreendida entre os dias 22 e 28 de junho.

Nas últimas quatro semanas analisadas, entre os casos positivos de SRAG, a prevalência foi de: 33,4% para influenza A, 1,1% para influenza B, 47,7% para VSR, 20,6% para rinovírus e 1,8% para o Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos registrados no mesmo período, os vírus identificados foram: 74,1% influenza A, 1,3% influenza B, 14,1% VSR, 10,2% rinovírus e 3,1% Sars-CoV-2.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, observa que alguns estados ainda seguem com tendência de aumento do número de hospitalizações por SRAG, como Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima. A especialista ressalta que os vírus que têm causado esse aumento continuam sendo a influenza A e/ou o VSR.

“Por isso, a gente reforça a importância da vacinação contra a influenza. O SUS disponibiliza a vacina de graça para os grupos prioritários, então é fundamental que todos estejam vacinados. Mesmo que você já tenha tido gripe este ano, é importante se vacinar, já que a vacina protege contra os três principais tipos de vírus da influenza que infectam humanos”, recomenda.

A influenza A continua sendo a principal causa de hospitalizações e mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre os idosos. A pesquisadora Portella destacou que a maior incidência de SRAG afeta sobretudo crianças pequenas, sendo predominantemente causada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), seguido pelo rinovírus e pela influenza A.

Ela também ressaltou que há uma consolidação do cenário de estabilização ou queda dos casos de SRAG por influenza A entre jovens, adultos e idosos em boa parte das regiões Centro-Sul, Norte e em alguns estados do Nordeste. Apesar disso, alguns estados dessas regiões, incluindo o Nordeste e Roraima, ainda registram aumento desses casos.

Em relação às crianças pequenas, os casos de SRAG associados ao VSR mostram sinais de desaceleração ou queda em vários estados do Norte, Nordeste e Centro-Sul. No entanto, a taxa de hospitalizações por essa causa ainda permanece elevada na maior parte dessas áreas. Somente os estados de Mato Grosso, Pará, Paraná e Rondônia seguem apresentando crescimento nos casos de SRAG por VSR nessa faixa etária.

Situação nacional

Referente ao ano epidemiológico 2025, já foram notificados 119.212 casos de SRAG, sendo 61.964 (52%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 39.809 (33,4%) negativos e ao menos 9.201 (7,7%) aguardando resultado laboratorial. Entre os casos positivos do ano corrente observou-se que 26,7% são de influenza A, 1,1% de influenza B, 45,5% de vírus sincicial respiratório, 22,1% de rinovírus e 8% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

*Fonte: Agência Gov

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/07/casos-de-sindrome-respiratoria-seguem-elevados-no-brasil-influenza-a-e-responsavel-por-74-dos-obitos/