O artesanato maranhense é um dos grandes patrimônios culturais do estado, refletindo sua história, identidade e criatividade. No Dia do Artesão, comemorado em 19 de março, o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado do Turismo (Setur-MA) e do Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão (Ceprama), presta homenagem a esses profissionais que transformam materiais simples em verdadeiras obras de arte. Além de preservar tradições, o setor impulsiona o turismo e fortalece a economia criativa.
Ceprama: A vitrine do artesanato maranhense
Um dos principais espaços dedicados à valorização do artesanato local é o Ceprama, localizado na Rua São Pantaleão, nº 1332, bairro Madre Deus, em São Luís. O centro abriga dezenas de artesãos que expõem e comercializam produtos como rendas de bilro, cerâmicas, bordados, biojoias, trançados em palha e esculturas em madeira. O funcionamento ocorre de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 13h.
Para o diretor do Ceprama, Silvério Costa Júnior (Boscotô), o espaço é essencial para promover o trabalho dos artesãos.
“O Ceprama é uma vitrine do nosso artesanato. Aqui, os visitantes não apenas adquirem peças exclusivas, mas também conhecem as histórias por trás de cada obra e de seus criadores, que mantêm viva nossa tradição”, destaca.
O impacto do artesanato na economia
Atualmente, cerca de 4 mil artesãos maranhenses estão registrados no Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), segundo dados do governo estadual. O setor não só movimenta a economia, mas também fortalece o turismo ao oferecer produtos únicos, feitos à mão.
“O artesanato maranhense carrega história, tradição e talento. Além de gerar renda para milhares de famílias, ele encanta turistas com peças que representam a essência do nosso estado”, ressalta a secretária de Estado do Turismo, Socorro Araújo.
Tradição passada de geração em geração
Entre os muitos talentos do Maranhão, destaca-se Marilene Pereira, rendeira da cidade de Raposa, conhecida pelo trabalho com a renda de bilro. Criada nesse ofício desde criança, ela vê na arte um legado a ser preservado.
“A renda de bilro é minha vida. Aprendi com minha mãe e ensino para minhas filhas, porque essa tradição não pode morrer. Quando os turistas valorizam nosso trabalho, nos sentimos reconhecidos”, conta Marilene.
No Ceprama, Andrelina Silva, que há mais de 10 anos trabalha com a tipologia do Bumba Meu Boi, expressa sua conexão com a cultura maranhense por meio de suas peças.
“Aprendi essa arte com meu esposo e minha família. Todos são artesãos, e cada peça tem um pouco da nossa história. Os chapéus e as indumentárias são uma arte viva que atravessa gerações”, destaca.
Outra artesã do Ceprama, Lucia Franco, utiliza materiais naturais na produção de biojoias e vê no artesanato uma forma de conexão com suas raízes.
“Criamos peças que carregam a identidade do Maranhão. O reconhecimento do nosso trabalho é essencial para continuarmos produzindo e levando nossa cultura para o mundo”, afirma.
Reconhecimento e regulamentação
O artesanato brasileiro conquistou um importante marco em 2015, com a Lei 13.180, que regulamenta a profissão e institui a Carteira Nacional do Artesão. Essa regulamentação garante aos profissionais acesso a políticas públicas, incentivos e capacitações, fortalecendo o setor. Estima-se que o Brasil tenha cerca de 10 milhões de artesãos, e no Maranhão, esse número segue crescendo.
Homenagem aos guardiões da cultura maranhense
Neste Dia do Artesão, o Governo do Maranhão, por meio da Setur-MA e do Ceprama, reafirma seu compromisso com a valorização desses profissionais. Mais do que artistas, os artesãos são verdadeiros guardiões da identidade maranhense, contribuindo para a economia e encantando turistas do Brasil e do mundo.
Que esta data seja um momento de celebração e reconhecimento pelo talento e dedicação de cada artesão, que faz do Maranhão um estado ainda mais rico em cultura e tradição.
Fonte: Governo do Maranhão
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/03/ceprama-celebra-o-dia-do-artesao-e-reforca-a-valorizacao-da-cultura-maranhense/
