
Coloridos, brilhantes e repletos de história, os chapéus do Bumba-meu-boi estão conquistando os arraiais de São Luís no São João 2025. Bordados com miçangas, paetês e canutilhos, os adereços tradicionais, que fazem parte da indumentária dos grupos de boi, se tornaram tendência entre turistas e maranhenses.
Entre os destaques da temporada estão os artesãos Thyago Silva e Andrelina Neta, casal que une o amor pelo Bumba-meu-boi e pelo artesanato em um ateliê cheio de cor, cultura e dedicação.
“A gente vive disso, cria nossas duas filhas com o dinheiro do artesanato. Quando termina um São João, já começamos a produção do próximo. O chapéu virou símbolo e todo mundo quer”, destaca Thyago Silva, artesão do Ceprama.
“Ver as pessoas usando nossos chapéus com orgulho é emocionante. Trabalhamos com amor e estamos vendendo bem este ano”, completa Andrelina Neta.
Além do casal, grupos coletivos de artesãs também têm se fortalecido com a alta demanda. Um deles é coordenado por Daiane Nava e Vanda Bandeira, que reúnem cerca de 30 bordadeiras durante o período junino.
“Vendemos para grupos de Bumba-meu-boi e direto ao público. Isso gera renda, garante trabalho e valoriza o talento de todas nós. É uma corrente do bem que começa com uma agulha e termina com o sorriso de quem compra”, afirma Daiane.
O chapéu do boi carrega muito mais do que beleza: representa fé, pertencimento e resistência cultural. Os acessórios são utilizados por personagens como vaqueiros e caboclos de pena, e hoje também são usados como peças de decoração e afirmação cultural.
“Comprei o chapéu bordado para pendurar na minha sala. É uma joia, feita com cuidado e história. Um presente da nossa cultura”, conta a empresária Flávia Abreu, de São Luís.
A força do artesanato também impacta diretamente o turismo. A turista Rosane Brizola, do Rio Grande do Sul, levou um chapéu do Arraial do Ipem para brilhar no São João em Cuiabá:
“Vou ser a dona da festa lá em casa, e esse chapéu vai ser meu destaque. Comprei direto do artesão, isso é muito especial!”, disse Rosane.
A secretária de Turismo, Socorro Araújo, reforça que o artesanato é parte fundamental da economia criativa do estado.
“É mais que adorno: é história e fonte de renda. O apoio do governador Carlos Brandão tem garantido estrutura, espaço e visibilidade para esses artistas populares”, afirmou.
Os espaços nos arraiais, como o do Ipem, cedidos pelo Governo do Estado, têm impulsionado a comercialização direta e promovido a valorização dos artesãos.
“É um investimento nas pessoas. Quando o artesão vende, ele se sente valorizado, e a economia gira”, completa Socorro.
Além dos arraiais, quem visita São Luís pode adquirir chapéus bordados e outras lembranças no Ceprama (Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão), que funciona na Rua de São Pantaleão, 1322, Madre Deus.
Fonte: Governo do Maranhão
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/06/chapeus-bordados-do-bumba-meu-boi-viram-tendencia-e-geram-renda-no-sao-joao-do-maranhao/