5 de setembro de 2025
CNI rebate acusações dos EUA sobre Pix e comércio brasileiro
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A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) participou nesta quarta-feira (3/9) de audiência pública do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) sobre a investigação dos EUA envolvendo o Pix e outros mecanismos da economia brasileira.

Em fala de cinco minutos, o embaixador Roberto Azevêdo, consultor da CNI e ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou que não há evidências de que o Brasil tenha adotado medidas deliberadas para prejudicar a relação comercial com os EUA.

“A noção de que o Brasil está agindo deliberadamente de forma a prejudicar os Estados Unidos é totalmente infundada. Simplesmente não há evidências de que os atos, políticas e práticas em questão discriminem ou prejudiquem injustamente as empresas americanas. Ao contrário, os fatos mostram que as empresas americanas, em geral, se beneficiaram das políticas brasileiras”, afirmou Azevêdo.

O embaixador destacou ainda o desempenho econômico do país:

“O Brasil está consistentemente entre os dez maiores superávits comerciais que os Estados Unidos desfrutam com o resto do mundo. Além disso, o Brasil tem sido um destino antigo e atraente para investimentos americanos, com os Estados Unidos sendo o principal investidor há anos.”

A CNI enviou uma missão aos Estados Unidos nesta semana para avançar nas negociações com o governo norte-americano, visando minimizar o impacto das tarifas e evitar novas sanções comerciais.

A investigação da Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA avalia mecanismos brasileiros como o Pix e a venda de produtos falsificados na Rua 25 de Março. Washington alega que essas práticas prejudicam empresas americanas. Entre as críticas também estão tarifas preferenciais, leis de propriedade intelectual, competição desleal no etanol e questões ambientais, pontos que o Brasil e a CNI rebatem.

“Somos as duas maiores democracias deste hemisfério. Deveríamos estar conversando um com o outro, não brigando um com o outro. Quaisquer problemas devem ser resolvidos por meio de diálogo e cooperação contínuos”, declarou Azevêdo.

A CNI reforçou que apoia iniciativas que promovam o crescimento econômico e fortaleçam os laços comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

Fonte: Correio Braziliense

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/09/cni-rebate-acusacoes-dos-eua-sobre-pix-e-comercio-brasileiro-e-reforca-dialogo-economico/