10 de março de 2025
Alexandre de Moraes nega novo pedido da defesa de Bolsonaro
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A estratégia adotada por assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro para enfrentar a denúncia em que o inelegível é acusado de articular um golpe de Estado teve início com a escalação da equipe que atuaria no STF. O advogado Celso Vilardi não foi escolhido por acaso para liderar o time, além de atuar com desenvoltura nos tribunais de Brasília, o apoiador é especialista em gestão de crise.

Desde o dia 18 de fevereiro, quando chegou a denúncia da Procuradoria Geral ao Supremo, Vilardi conseguiu audiência com o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, e também com Alexandre de Moraes, o relator do processo.

Até o momento, o ex-presidente era defendido por outros advogados que possuem menor experiência nas cortes superiores. Alguns deles continuam entre os integrantes do time, como Paulo Cunha Bueno. A listagem de nomes dos defensores do ex-presidente chegou a contar até com Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência, que também possui formação em direito.

Ao contrário de Vilardi, Wajngarten possuía uma postura mais rígida em relação às decisões acertadas pelo Supremo. O advogado deixou a defesa de Bolsonaro no tribunal no momento em que se tornou alvo das investigações sobre a venda das joias. Já no mês de julho do ano passado, foi indiciado pela PF por lavagem de dinheiro e associação criminosa no mesmo caso.

Vilardi possui uma postura de reverência ao Supremo como instituição, mesmo que seja para discordar de decisões definidas pelos seus componentes. Durante peça apresentada semana passada, na quinta-feira (6), o advogado destaca logo no início: “Esse E. Supremo Tribunal Federal nunca tergiversou. Os princípios constitucionais, a jurisprudência consolidada e a história dessa C. Suprema Corte sempre prevaleceram e, assim, foram preservados. E o defendente está certo de que assim será no presente caso”.

O advogado afirmou: “De partida, parece fundamental consignar que a defesa confia e tem o maior respeito pelo Supremo Tribunal Federal, o que obviamente inclui todos os seus integrantes, em especial o Eminente Relator”. Até mesmo os apoiadores de Bolsonaro acreditam que as chances de ele ser absolvido pelo STF são mínimas. O plano é que Vilardi consiga, ao menos, que o tribunal fixe uma pena menos rígida para o inelegível.

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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/03/como-a-troca-da-equipe-de-advogados-de-bolsonaro-pode-beneficia-lo-no-processo-do-stf/