10 de fevereiro de 2025
Confiança do empresário de São Luís recua no início do
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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), medido mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), registrou 115,9 pontos em janeiro de 2025. Apesar de permanecer acima da linha do otimismo (100 pontos), o índice registrou uma queda de 4% em relação ao mês anterior.

A pesquisa revela que os subindicadores que mais contribuíram para a queda do índice foram contratação de funcionários, expectativas sobre a economia brasileira e o setor do comércio. Esses recuos estão diretamente associados a um cenário macroeconômico desafiador, marcado por uma inflação acumulada de 4,83% em 12 meses, acima da meta estipulada, e uma taxa básica de juros (Selic) de 13,25% ao ano.

A percepção dos empresários em relação ao momento atual foi o subindicador mais afetado, com o índice de avaliação das condições atuais caindo para 92,9 pontos, abaixo da linha do otimismo. Esse resultado, que representa uma retração de 3,1% em comparação com dezembro, indica maior cautela em relação ao cenário econômico atual.

Apesar disso, essa retração não representa um cenário de pessimismo, mas reflete um movimento cíclico do mercado. Historicamente, o consumo tende a se retrair após o pico das vendas de fim de ano, impulsionado pelas festividades de Natal e Ano Novo.

Para o presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó, o ICEC reflete um ajuste sazonal, mas também os desafios do atual cenário macroeconômico. “O momento exige cautela, especialmente diante da pressão crescente sobre os custos. No entanto, é importante destacar que, para os próximos meses, a tendência é de recuperação, impulsionada pela chegada das datas comemorativas, que tradicionalmente fortalecem o comércio, a exemplo do Carnaval, Páscoa e Dia das Mães”, destaca.

Mesmo com a desaceleração, os componentes de expectativas futuras e investimentos ainda se mantêm em patamares otimistas, embora tenham registrado queda em relação ao mês anterior, indicando uma contenção no curto prazo.

De modo geral, a inflação elevada e a alta taxa Selic afetam diretamente o poder de compra dos consumidores e geram incertezas sobre a estabilidade econômica, impactando as expectativas dos empresários. Além disso, o crédito mais caro e menos acessível dificulta a expansão dos negócios e as contratações.

Esses fatores contribuem para uma postura mais conservadora dos empresários, refletida na queda do índice. O enfraquecimento da confiança no curto e médio prazo é, portanto, um reflexo direto das condições macroeconômicas atuais, limitando o otimismo e a disposição para investimentos no comércio. 

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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/02/confianca-do-empresario-de-sao-luis-recua-no-inicio-do-ano/