A Academia Maranhense de Letras (AML) comemora 116 anos de fundação em 2024 — e como parte das comemorações a Casa promove na próxima quinta, dia 15, palestra seguida de lançamento de livro do escritor cabo-verdiano Joaquim Arena.
O lançamento começa às 19h, na Academia Maranhense de Letras (AML) — parceira do projeto — que conta também com o apoio da Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), do SESC e do Instituto Casa do Autor Maranhense (ICAM).
Joaquim fará o lançamento do seu romance Siríaco e Mister Charles, inédito no Brasil e
vencedor do Prêmio Oceanos 2023, um dos mais prestigiosos reconhecimentos literários lusófonos da atualidade. Ele é o convidado da quinta edição do evento Conversações de Além-mar.
A obra conta a história da amizade improvável entre o jovem Charles Darwin, que esteve 16 dias na ilha de Cabo Verde quando iniciava seus estudos para o monumental A origem das espécies. Já Síriaco é um ex-escravo portador de vitiligo e que, assim como o cientista, também existiu.
No romance, Siríaco acompanha a família real que fugia do exército napoleônico com destino ao Brasil. Até que, durante uma parada na vila da Praia, apaixona-se e decide ficar em Cabo Verde, onde torna-se intérprete do naturalista, com quem desenvolve uma relação de confiança e amizade.
Joaquim Arena nasceu em 1964, na ilha de São Vicente, Cabo Verde, filho de pai português e mãe cabo-verdiana. Nos anos 80 e 90 viajou pela Europa formando-se em Direito, em Lisboa, regressando a Cabo Verde como advogado, músico e jornalista.
A Verdade de Chindo Luz foi o seu primeiro romance, após o que publicou Debaixo da Nossa Pele, um ensaio reportagem sobre os seus antepassados, escravos e trabalhadores livres nos campos de arroz do Vale do Sado. Arena também foi assessor do presidente Jorge Carlos Fonseca até 2021 e é considerado um dos principais nomes da literatura de língua portuguesa contemporânea.
116 anos de história
A AML foi fundada a 10 de agosto de 1908, data de aniversário do poeta maranhense Gonçalves Dias, por Antônio Lobo, Alfredo de Assis Castro, Astolfo Marques, Barbosa de Godóis, Corrêa de Araújo, Clodoaldo Freitas, Domingos Barbosa, Fran Paxeco, Godofredo Viana, I. Xavier de Carvalho, Ribeiro do Amaral e Armando Vieira da Silva.
A instituição foi considerada de utilidade pública pelo Dec. No 92, de 19.nov.1918, do governador Urbano Santos da Costa Araújo. Determinava ainda esse ato que o Estado daria à Academia “sede condigna, no edifício a construir-se para a Biblioteca Pública”, e que a Imprensa Oficial lhe editaria a Revista.
O imóvel da AML, na rua da Paz, número 84, foi construído para sediar a Escola de Primeiras
Letras da Freguesia de Nossa Senhora da Vitória, e solenemente inaugurado a 28 de julho de 1874. Além de sediar, em épocas diversas, diferentes escolas, esse imóvel abrigou, em duas ocasiões, a Biblioteca Pública do Estado.
*Da assessoria
Fonte: https://oimparcial.com.br/entretenimento-e-cultura/2024/08/conversacoes-alem-mar-academia-maranhense-de-letras-celebra-aniversario-com-lancamento-e-palestra/