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O presidente norte-americano Donald Trump, e o presidente da Argentina, Javier Milei, se encontram nesta terça-feira (14), em Washington, para debater medidas de apoio financeiro de US$ 20 bilhões. A reunião entre ambos acontece na mesma semana em que Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI) realizam conferências na capital norte-americana.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Argentina, o principal assunto da agenda deve ser a criação de uma “linha de swap”, ferramenta que possibilita a troca temporária de moedas entre bancos centrais para oferecer liquidez em dólares e estabilizar o câmbio.

O exemplo foi anunciado recentemente pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, como parte do plano de Washington para apoiar economias aliadas da América Latina.

Durante entrevista coletiva ao lado de Milei, o republicano estadunidense o caracterizou como um “grande economista”, enquanto o presidente argentino agradecia o líder norte-americano e Bessent pelo apoio à Argentina.

“Quero agradecer ao Bessent (Scott) por ajudar a enfrentar esse problema de liquidez, que é consequência dos ataques políticos que temos sofrido de nossos opositores — aqueles que não querem que a Argentina volte a abraçar as ideias de liberdade e preferem insistir em ideias fracassadas, que, no fundo, só levam ao socialismo. Muito obrigado por nos receberem e pelo que estão fazendo pelo mundo livre.”

A determinação visa reforçar as reservas internacionais argentinas e amenizar a crise cambial sem recorrer a empréstimos tradicionais. Porém, o projeto tem lidado com resistência de republicanos nos EUA, que fazem críticas a aproximação com a Argentina em meio ao aumento das exportações de soja para a China, rival comercial do presidente norte-americano.

Acordo

Donald Trump expressou diálogo aberto sobre um acordo de livre-comércio entre Estados Unidos e Argentina, destacando que firmar o pacto seria “bom para todos”.

“Vamos discutir o acordo de livre-comércio hoje. Sim, queremos ajudar a Argentina e, claro, também queremos ajudar a nós mesmos. Ajudar a Argentina é uma forma de fazer isso, porque eles têm ótimos produtos. Vamos comerciar com a Argentina, vamos ajudá-los, e isso será bom para todos nós”, afirmou o presidente norte-americano.

Trump aproveitou o momento com a mídia internacional para alfinetar a relação entre Argentina e China. O presidente afirmou que ficaria “muito chateado” caso a argentina cooperasse com Pequim.

“Vocês podem cooperar comercialmente, mas não devem fazer mais nada. E certamente não devem se envolver em questões militares com a China. Eu ficaria muito chateado com isso”, disse.