Nos corredores da Câmara Municipal de São Luís, as articulações políticas para a eleição da nova Mesa Diretora, que comandará o Parlamento municipal no biênio 2027/2028, já movimentam os bastidores do Palácio Pedro Neiva de Santana. Considerado o quarto Parlamento de capital mais antigo do Brasil, a Casa Legislativa vive um cenário de disputas internas e indefinições que devem se arrastar pelos próximos meses.
De acordo com o Regimento Interno da Câmara, a eleição para a Mesa Diretora poderia ocorrer já a partir do próximo mês. No entanto, a falta de consenso entre os vereadores em torno de um único nome para substituir o atual presidente, Paulo Victor, tem adiado uma definição. O parlamentar, que deixará o PSB para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026, ainda não apontou um sucessor natural, o que mantém a disputa aberta.
Até o momento, pelo menos três nomes surgem como principais candidatos ao cargo. O vereador Beto Castro (Avante), atual 2º vice-presidente, foi o primeiro a lançar sua pré-candidatura, ainda em novembro do ano passado. Desde então, tem buscado consolidar apoios, recebendo recentemente a adesão pública do vereador Marlon Botão (PSB) em discurso no plenário. A proximidade com o atual presidente da Casa é vista como um trunfo, mas o caminho até a eleição ainda exige uma costura política mais ampla.
Outro nome que figura na disputa é o do vereador Marquinhos (União Brasil), que exerce seu quarto mandato consecutivo. Em declarações recentes, confirmou sua intenção de concorrer, embora tenha evitado dar detalhes sobre suas estratégias e articulações. Seu histórico parlamentar e sua experiência são atributos que podem pesar na corrida pelo comando da Casa.
Uma terceira opção, ainda em movimentação discreta, é a vereadora Concita Pinto (PSB), atual 1ª vice-presidente. Caso sua candidatura ganhe força, ela poderá fazer história ao se tornar a segunda mulher a presidir a Câmara de São Luís, feito inédito desde a gestão de Lia Varella, na década de 1970.
Data indefinida para o pleito
Além da indefinição sobre os candidatos, outra discussão já ganha espaço entre os parlamentares: a data da eleição. Enquanto um grupo defende que o pleito interno ocorra já no início de 2025, antes das eleições para Presidência da República, Governo do Estado, Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa, outro setor – mais alinhado ao atual presidente da CMSL – prefere adiar a escolha para depois da sucessão estadual. Essa decisão será fundamental para o xadrez político que se desenha nos bastidores do legislativo municipal.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/03/eleicao-na-camara-de-sao-luis-entra-na-pauta-de-vereadores/
