A 3ª Vara Criminal de Brasília condenou o advogado Frederick Wassef, ex-defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro, pelo crime de injúria racial. O caso ocorreu em uma pizzaria na capital federal, onde o advogado ofendeu uma funcionária do estabelecimento.
De acordo com o processo, o episódio aconteceu quando Wassef se recusou a ser atendido pela funcionária, proferindo ofensas relacionadas à cor de sua pele e chamando-a de “sonsa”. Em um segundo momento, ao reclamar da comida, o advogado teria insultado a atendente com termos racistas, chamando-a de “macaca” e afirmando que ela “comia o que lhe dessem”.
Réu desde 2022 após denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), Wassef negou todas as acusações durante o processo, sustentando que nunca foi racista e que não utilizou os termos citados pela vítima.
Contudo, na sentença, o juiz Omar Dantas Lima destacou que o conjunto de provas, incluindo o depoimento de testemunhas e a palavra da vítima, foi suficiente para embasar a condenação. O magistrado pontuou que expressões como “macaca” carregam um desprezo inequívoco e têm a clara intenção de ferir a dignidade e a honra subjetiva da pessoa agredida. O juiz reforçou que o crime de injúria racial é doloso e se consuma no momento em que a ofensa atinge a vítima.
Como o advogado é réu primário, a pena de prisão foi substituída por duas medidas restritivas de direitos. Wassef poderá recorrer da decisão em liberdade, mas foi condenado ao pagamento de R$ 6 mil em danos morais à funcionária. Vale ressaltar que, embora condenado por injúria racial, ele foi absolvido das acusações específicas de racismo e de vias de fato relacionadas a outros pontos da denúncia.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/12/ex-advogado-de-bolsonaro-e-condenado-por-chamar-mulher-de-macaca/
