Expectativa no comércio impulsiona geração de empregos temporários no Maranhão no fim de ano

O comércio maranhense deve repetir o bom desempenho registrado no último fim de ano e criar 1.049 postos formais de trabalho entre outubro e dezembro de 2025. As projeções são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão. Em São Luís, a criação estimada é de 583 vagas, o que representa mais da metade das contratações previstas no estado.

O número total é 0,8 por cento menor que o registrado no mesmo período de 2024, mas segue dentro de um cenário otimista para o setor. O levantamento foi realizado com base no Índice de Confiança do Empresário do Comércio, que registrou 109,5 pontos em outubro de 2025. O indicador avalia o nível de confiança dos empresários em uma escala de 0 a 200 pontos, e resultados acima de 100 representam otimismo.

O desempenho é puxado, principalmente, pelas expectativas futuras dos empresários, que alcançaram 138,5 pontos, e pelo subíndice de intenção de contratação, que permanece elevado, com 131 pontos. No levantamento, 74,7 por cento dos entrevistados afirmaram que pretendem contratar neste fim de ano. O destaque é para empresas com mais de 50 funcionários e para os segmentos de bens semiduráveis e não duráveis, como lojas de roupas e calçados.

O cenário positivo é reforçado pelo aumento do consumo local. Somente o Dia das Crianças movimentou mais de 127 milhões de reais em São Luís e abriu o clima de compras antecipadas de fim de ano. A Black Friday e o Natal devem manter a alta no fluxo de consumidores e ampliar o volume de vendas, sustentando a contratação de mão de obra temporária.

Em entrevista a O Imparcial, o lojista Flávio F. do Nascimento, destacou que o setor já sente a melhora no movimento e se prepara para atender a demanda. “A expectativa é de um crescimento, em relação ao ano passado e de acréscimo de 10 por cento”. Ele afirmou ainda que já reforçou o quadro de funcionários. “Adicionei de 10 a 15 colaboradores temporários”. Segundo o lojista, os candidatos precisam atender um critério essencial. “O critério é ser uma pessoa bem comunicativa”.

Apesar do otimismo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio apresentou recuo de 1,2 por cento na comparação mensal e de 10 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. A queda é influenciada pela percepção negativa das condições atuais, que marcaram 84,7 pontos. A avaliação do cenário econômico ficou em 64,4 pontos e a percepção do comércio no curto prazo alcançou 81,6 pontos.

A expectativa é que esse quadro comece a mudar com a consolidação das vendas, que tendem a aumentar de forma mais acelerada neste último trimestre.