10 de setembro de 2025
Dia do Agro: Fribal lidera inovação e sustentabilidade no agronegócio
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A carne bovina brasileira vive um momento de “vacas gordas” no exterior, em referência à expressão bíblica utilizada no livro do Gênesis. Dados levantados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) mostram que de janeiro a agosto de 2025, a exportação do produto para todos os 164 parceiros do país cresceu 32,9% em valor e 15% em volume.

Uma parte relevante desse crescimento se deve ao aumento das vendas para países asiáticos, sobretudo a China, que importou mais de 960 mil toneladas desde o início do ano, um avanço de 46,19% em relação ao mesmo período do ano anterior. No total, o Brasil obteve US$ 5 bilhões em exportações de carne ao país até agosto, indicando crescimento de 47,59% em termos de valor.

Atrás somente da China, os Estados Unidos são o segundo maior comprador da carne bovina brasileira, mas em agosto as exportações para este país tiveram queda de 51,1%, em consequência da aplicação da tarifa de importação de 50% sobre o produto anunciada em julho pelo presidente Donald Trump.

“O setor tem uma experiência muito grande e consegue se adaptar, mas se você perde um segundo cliente que é próximo, que é altamente rentável, e que demanda grande volume, sempre é um sinal de alerta. Por isso que nós reiteramos ao governo brasileiro a nossa demanda para que eles continuem negociando, para que eles continuem dando expectativa”, defendeu Roberto Perosa, presidente da Abiec, em coletiva a jornalistas nesta terça-feira.

Apesar da queda em agosto, entre janeiro e agosto de 2025, as vendas da carne brasileira para os EUA já quase superam todo o ano de 2024, com 209 mil toneladas exportadas no período, contra 229 mil toneladas comercializadas no ano anterior.

Perosa ressalta que o foco do setor deve ser manter relações com países asiáticos e abrir novos mercados. Ele destaca a importância da China e projeta a abertura comercial com o Japão até a COP 30, que importa mais de 700 mil toneladas de carne por ano.

“O mercado da carne bovina é um só. Então, se eu aumento para cá, falta aqui. Então é um grande ciclo fechado. Com o incremento, vem crescendo o consumo e muitos dos países não conseguem aumentar a produção. Quem consegue fazer isso é o Brasil. Então, eu acho que é uma oportunidade no mercado do Japão que vai ser muito rentável também para as empresas brasileiras”, afirmou.

Fonte: Correio Braziliense

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/09/exportacoes-de-carne-aos-eua-ja-superam-2024-mas-setor-projeta-queda-ate-o-fim-do-ano/