5 de novembro de 2025
Exposição “Brasil: Terra Indígena” destaca etnias de todo o país
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A poucos dias da abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30, a exposição Brasil: Terra Indígena chega a Belém para reafirmar o protagonismo dos povos originários na identidade brasileira e na defesa sustentável do território.

A mostra é uma realização do Instituto Cultural Vale, por meio do Centro Cultural Vale Maranhão, em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi e o Ministério da Cultura, com patrocínio da Vale via Lei de Incentivo à Cultura. A abertura ocorre no dia 8 de novembro, no Museu Goeldi.

A exposição é um desdobramento de “Maranhão: Terra Indígena”, apresentada em 2023 em São Luís, e agora amplia o olhar para todo o país, reunindo expressões culturais de mais de 300 povos que habitam os 26 estados e o Distrito Federal. Entre eles, 17 etnias maranhenses, como os Akroá Gamella, Gavião e Ka’apor.

Ao todo, são mais de 2 mil peças expostas, com cestarias, cerâmicas, indumentárias e artefatos que retratam a força das tradições indígenas. A curadoria, construída de forma coletiva, também traz obras de 45 fotógrafos indígenas, registrando lideranças, rituais e o cotidiano dos povos. A parceria com o Instituto Moreira Salles acrescenta imagens históricas e etnográficas de grandes nomes da fotografia brasileira.

Para o curador e diretor do Centro Cultural Vale Maranhão, Gabriel Gutierrez, a mostra é um ato de afirmação. Segundo ele, não existe construção de futuro sustentável sem a participação dos povos indígenas, especialmente no momento em que o mundo direciona os olhos à Amazônia e às mudanças climáticas. Já o coordenador de museologia do Goeldi, Emanoel de Oliveira Junior, fala que a exposição convida o visitante a sentir a força de culturas que sustentam a vida e representam ciência e conhecimento para futuros possíveis.

Um dos destaques é um mapa inédito com as línguas indígenas existentes no Brasil, retratando diferentes níveis de vitalidade. A Amazônia concentra mais de cem delas ainda faladas.

A proposta também transforma Belém em um museu a céu aberto. Murais, instalações e fotografias espalhados pela cidade ampliam o diálogo com as raízes indígenas e com a biodiversidade amazônica, reforçando o simbolismo da capital paraense como sede da COP 30.

A mostra integra um conjunto de iniciativas apoiadas pela Vale, que mantém o maior investimento privado em cultura no Brasil pelo quinto ano consecutivo. Por meio do Instituto Cultural Vale, a empresa apoia projetos que fortalecem a economia criativa, promovem a inclusão e ampliam o acesso à arte. Desde 2020, o Instituto já esteve ao lado de mais de mil projetos em todas as regiões do país, com recursos próprios e via Lei de Incentivo à Cultura. Entre as ações permanentes, estão espaços culturais gratuitos como o Memorial Minas Gerais Vale, o Museu Vale, o Centro Cultural Vale Maranhão e a Casa da Cultura de Canaã dos Carajás.

Para o presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo Barreto, a exposição representa uma oportunidade de conectar o Brasil à sua própria história e o mundo às identidades indígenas, reforçando a relação entre cultura, desenvolvimento e preservação.

A exposição Brasil: Terra Indígena segue alinhada aos debates da COP 30 sobre mudanças climáticas e biodiversidade, ao reconhecer que as culturas indígenas são parte essencial da construção de futuros sustentáveis.

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/11/exposicao-brasil-terra-indigena-destaca-etnias-de-todo-o-pais-na-cop-30/