Fábio Allex lança álbum autoral às vésperas de Tributo a Belchior

O cantor e compositor Fábio Allex disponibilizou em todas as plataformas digitais (Spotify, Deezer, Amazon Music, YouTube Music, Tidal etc.), o novo álbum de sua trajetória musical, “Mesmo Caminho, do Avesso”, com 11 faixas autorais: Autossugestão, Impulso, Três Marias, Quarentena, O Momento, Reencontro de Almas, Gente Tola, Sempiternamente, Maranhão de Reencontros, Sem-Número e Reiniciar.

Para Allex, o novo trabalho é uma continuidade do que se propôs desde a época da banda Mythra (2004 – 2008), quando já desenvolvia um repertório com 100% de músicas próprias.

“Naturalmente, o tempo nos traz amadurecimento, mas não vejo uma ruptura nem uma grande diferença na essência do meu trabalho ao longo dos anos. E acho que os três álbuns [os outros dois são Porta-Novas, 2013; e De Volta ao Passado que Nunca Vivi, 2016] dialogam bem entre si. As canções mais antigas poderiam tranquilamente ter sido feitas no mesmo período das mais novas, pois pra mim elas soam muito atemporais. Falar de relações humanas é algo que nunca envelhece. E o fato de eu me debruçar de corpo e alma nas próprias composições pode parecer autoestima alta, mas é o contrário. Pelo fato de eu reconhecer minhas limitações e me considerar com pouca capacidade para ser intérprete, opto por dar vazão às minhas experiências. Sinto que assim consigo ser muito mais verdadeiro”, disse.

Sobre o título do trabalho, Fábio Allex explica que gosta de fazer um link com a sua obra.

“Por exemplo, a frase ‘De Volta ao Passado que Nunca Vivi’, que dá título ao segundo álbum, está na música ‘Porta-Novas’, que é título do primeiro. A frase ‘Mesmo Caminho, do Avesso’ está em ‘Sem-Dita’, do segundo álbum. Além disso, esta é uma forma de falar sobre a atenção que nos falta ao que nos cerca, como passar inúmeras vezes pelo mesmo caminho, mas não perceber os detalhes, as sutilezas e as possíveis riquezas contidas nele. A correria do dia a dia nos coloca na superficialidade. É importante esmiuçar, ver sob várias perspectivas, tentar enxergar com mais dedicação e além das aparências. Muita coisa se perde pela falta de foco e por impaciência. E isso, claro, não é apenas sobre caminhos e paisagens, é sobre pessoas, sobre relações interpessoais”, conta o artista.

Tributo a Belchior

Esse trabalho será lançado no Teatro João do Vale (no Centro Histórico), ainda em data a ser revelada. Mas como o artista não para, antes, no dia 1º de novembro, no Teatro João do Vale, às 18h30, Fábio e banda farão um show Tributo a Belchior. Um projeto que ele considera ser um grande desafio. A abertura será com o cantor e compositor Lucas Parreão, integrante da banda Filtro de Barro.

“Os caminhos que escolhi foram atípicos e, quiçá, os mais difíceis. Em vez de montar uma banda e tocar as músicas que mais gosto dos artistas mais conhecidos, entendi que não seria tão assertivo, do ponto de vista pessoal, se eu fizesse o que é mais comum. No entanto, depois de tanto tempo, agora sim sinto uma vontade genuína de abraçar esse desafio ao interpretar um compositor e poeta dessa magnitude, que tanto admiro. É uma homenagem póstuma e é, sobretudo, uma homenagem aos admiradores de Belchior, como eu”, comenta.

Os ingressos para o show podem ser adquiridos pelo site Sympla.com no link.

Serviço
O quê: Tributo a Belchior, com Fábio Allex e Banda
Quando: 1º de novembro, às 18h30
Onde: Teatro João do Vale (Rua da Estrela, Praia Grande)
Quanto: Sympla