7 de julho de 2025
Fábrica de Velas encerra 200 anos de atividade
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A mais antiga fábrica de velas de São Luís, está encerrando suas atividades. Tradicional, com cerca de dois séculos prestando serviços aos devotos maranhenses, a fábrica fecha as suas portas.

Funcionando na Rua de Santana, 448, no Centro Histórico da cidade, a Fábrica de Velas era uma referência para quem buscava velas para “pagar” promessas a santos da fé cristã por graças alcançadas ou os chamados ex-votos, que se constituíam de réplicas confeccionadas em cera, de parte do corpo como cabeça, pé, perna, braço, etc, assim como as velas do tamanho da pessoa devota para pagar sua promessa.

Os ex-votos são dedicados a qualquer santo ou santa da Igreja Católica , mas no Maranhão o santo de maior preferência dos pagadores de promessa é São José de Ribamar, o padroeiro do Maranhão e o mais festejado, na cidade do mesmo nome na Região  Metropolitana de São Luís, cujos festejos, no mês de setembro, atraem grande número de romeiros, oriundos de outras cidades e estados, mudando  a vida pacata da cidade para um número imensurável de pessoas vindas até de outros países , que vêm pagar suas promessas pelas graças alcançadas, ou motivadas pelo turismo religioso.

A Fábrica de Velas, da Rua de Santana, era dirigida pelo empresário Albino Teixeira. Uma indústria especializada na confecção de ex-votos e de velas de todos os tipos e tamanhos, quase sempre para atender encomendas de devotos locais e de qualquer parte do País.

Conforme o empresário Albino Teixeira, ninguém sabe ao certo por quanto tempo funcionou a Fábrica de Velas da Rua de Santana, como sempre foi conhecida.  Ele recorda que, nos seus primórdios, a fábrica pertenceu ao comerciante conhecido como “Seu” Teixeira, que passou para o empresário Pedro Gualhardo, que passou aquele estabelecimento para o empresário Antonio Noronha. tendo Albino Teixeira o adquirido para presentear sua esposa Olga Noronha Teixeira, filha do antigo dono. Conforme Albino, a Fábrica de Velas funcionou, supostamente, por mais de duzentos anos.

Explica Albino, que  o encerramento das atividades da Fábrica de Velas está ocorrendo por falta de mão de obra especializada. Ele disse que tinha cinco funcionários, sendo três na linha de produção e um casal no atendimento no balcão, porém,  com a pandemia de Covid-19, em 2020, os três  da parte industrial morreram acometidos pela doença; a moça do balcão teve um AVC e ficou com os movimentos comprometidos sem condições de trabalhar. O mesmo aconteceu com o outro atendente que, acometido com  Chikungunya, até agora não se recuperou e não voltou ao trabalho.

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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/06/fabrica-de-velas-encerra-200-anos-de-atividade/