
Mais de sete meses após o desabamento da antiga ponte que ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA), três pessoas continuam desaparecidas. O acidente, ocorrido em 22 de dezembro de 2024, deixou um rastro de dor e incertezas. Das 18 pessoas que cruzavam a estrutura no momento do colapso, 14 foram encontradas sem vida, e três seguem desaparecidas, segundo a Marinha do Brasil.
As vítimas ainda não localizadas são Salmon Alves Santos, de 65 anos, Felipe Giuvannuci Ribeiro, de 10 anos, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos. Salmon era casado com Alessandra do Socorro Ribeiro, de 40 anos, e avô de Felipe. O trio viajava de Palmas (TO) ao Maranhão para passar o Natal com familiares. O corpo de Alessandra foi o último a ser encontrado pelas equipes de resgate.
A professora Maristelia Alves Santos, irmã de Salmon, descreve a dor da espera prolongada e a dificuldade de encerrar esse capítulo. “A gente precisa fechar esse ciclo que ainda está aberto. Vivemos uma angústia constante, sem saber onde procurar ou a quem recorrer. É muito difícil para a família”, desabafou em entrevista à imprensa.
A ponte foi totalmente demolida no dia 2 de fevereiro, mas os destroços permanecem no fundo do Rio Tocantins, incluindo carretas, caminhonetes e carros de passeio — além de mais de 1,3 mil galões de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas que eram transportados no momento do colapso.
Apesar do tempo decorrido, os desaparecidos ainda não foram oficialmente declarados mortos. Sem os corpos, as famílias não conseguem emitir atestados de óbito, o que aumenta a sensação de impotência. “Não tivemos sequer a chance de fazer um velório para meu irmão. Até hoje ele consta como desaparecido. O que a gente quer agora é, pelo menos, a certidão de óbito. Porque esperança de enterrá-lo, infelizmente, não temos mais”, concluiu Maristelia.
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/08/familias-aguardam-respostas-sobre-3-vitimas-ainda-desaparecidas-apos-queda-da-ponte-jk/