Nesta sexta-feira (8), no Forúm da Capital, a Cooperativa de Reciclagem de São Luís (COOPRESEL) recebeu uma doação do Fórum Desembargador Sarney Costa, que corresponde a seis mil processos físicos que não necessitam de armazenamento permanente. A ação beneficia famílias de 28 agentes ambientais cooperados que sobrevivem exclusivamente da coleta e comercialização de resíduos sólidos recicláveis.
Durante a cerimônia, o desembargador José Luíz Almeida, corregedor-geral da Justiça do Maranhão, destacou a relevância da destinação desses processos físicos, tanto em relação à sustentabilidade ambiental quanto à responsabilidade social que tal ação implica. A cooperativa também recebeu elogios do corregedor pelo trabalho realizado.
“É tempo de cuidar das pessoas, do meio ambiente, da sustentabilidade, pois isso traz reflexo para as gerações futuras. Mas ainda há muitas pessoas indiferentes a isso. Essa decisão de hoje impacta muito a vida das pessoas”, disse, referindo-se à iniciativa da doação feita à cooperativa. Ele também citou a letra da música “Sol de Primavera”, do compositor Beto Guedes, que fala: “A lição sabemos de cor. Só nos resta aprender”.
A doação feita à COOPRESE atende a Resolução nº 324/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que regulamenta a gestão documental no Judiciário. Todo o material doado foi proveniente de editais de eliminação de processos físicos, referentes à 6ª, 7ª e 8ª Varas Cíveis da Comarca da Ilha de São Luís.
A diretora do Fórum de São Luís, juíza Andréa Perlmutter Lago, parabenizou a equipe da Divisão de Arquivo pelo trabalho que vem sendo realizado para implementação do plano de reorganização do acervo de processos judiciais e de documentos administrativos do órgão, iniciado há três meses e que visa a melhorar a infraestrutura física da unidade e promover uma gestão documental de excelência.
O descarte de papel no Fórum de São Luís é um indicador de sustentabilidade na administração de resíduos. Ele integra o índice de desempenho de sustentabilidade, que influencia a pontuação no Prêmio CNJ de Qualidade e no relatório anual de desempenho do Plano de Logística Sustentável, além de fazer parte do balanço de sustentabilidade do Judiciário.
O presidente da COOPRESEL, Antônio das Graças Mendes, destacou a importância do termo de cooperação do TJMA, que destina material reciclável à cooperativa. “Essa parceria é muito importante, tanto pelo quantitativo de recicláveis que recebemos, quanto pela geração de renda que proporciona às famílias dos cooperados que vivem exclusivamente da venda do material de reciclagem”, afirmou.
A cooperativa, estabelecida em 2023, opera em um galpão cedido pela Prefeitura de São Luís, localizado na Vila Isabel, Região Itaqui-Bacanga, com 28 membros envolvidos na coleta de resíduos sólidos, triagem e separação desses materiais para reciclagem. Eles coletam papelão, plástico, garrafas pet e de vidro, além de outros materiais recicláveis no local. Os interessados em doar podem entrar em contato pelo telefone (98)98581-3754.
Todo o produto que chega à cooperativa é vendido para a indústria de reciclagem (papel, plástico e vidro); outra parte (garrafas pet) é utilizada pelos próprios cooperados na fabricação de vassouras; e o chamado lixo eletrônico vai para a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE), entidade sem fins lucrativos. Toda a renda é rateada entre os 28 cooperados da COOPRESEL.
* Fonte: TJMA
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2024/11/forum-de-sao-luis-faz-doacao-de-seis-mil-processos-fisicos-para-cooperativa-de-reciclagem/