O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão deflagrou, na manhã desta quarta-feira (5), a Operação Acqua Alta, que investiga supostos desvios de recursos públicos e irregularidades em contratos da Prefeitura de Buriticupu.
Ao todo, dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de São Luís, Imperatriz, Buriticupu, Presidente Dutra e Cantanhede, por determinação da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão.
Segundo o Gaeco, as investigações apontam que a empresa Veneza Construções e Locações Eireli teria sido contratada para executar obras que já haviam sido realizadas na gestão anterior. Há indícios de inexecução contratual e repasse irregular de valores a servidores públicos, familiares e à empresa Alpha Construções e Serviços Ltda., ligada ao atual prefeito de Buriticupu. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 7 milhões.
Os investigados já respondem a uma Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa, proposta pelo promotor de justiça de Buriticupu, Felipe Rotondo.
A operação contou com o apoio das polícias Civil e Militar, além da participação de promotores dos núcleos do Gaeco em São Luís e Imperatriz, dos promotores de Cantanhede e da 3ª Promotoria de Justiça Especializada de Açailândia. A Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (CAEI-MPMA) também colaborou na execução das medidas.
Os documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos serão analisados pelo Gaeco e pelo Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), para subsidiar o eventual oferecimento de denúncia.
A operação recebeu o nome “Acqua Alta” em referência ao fenômeno de enchentes periódicas que ocorrem em Veneza, na Itália – cidade que inspirou o nome da empresa investigada.
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/11/gaeco-investiga-desvio-de-r-7-milhoes-em-contratos-da-prefeitura-de-buriticupu/
