
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou as plataformas digitais YouTube, Instagram, TikTok, Enjoei e Mercado Livre para removerem, no prazo de 48 horas, todo o conteúdo que promova ou comercialize cigarros eletrônicos (vapes) e outros produtos derivados do tabaco. A notificação foi enviada na terça-feira (29), e o prazo para cumprimento termina nesta quinta-feira (1º).
Além da remoção imediata dos anúncios, as empresas também devem reforçar seus mecanismos de controle para impedir novas publicações desse tipo.
A medida está alinhada à decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que em abril de 2025 manteve a proibição da fabricação, importação, propaganda e venda de cigarros eletrônicos em todo o país. A proibição está regulamentada pelas resoluções RDC nº 46/2009 e RDC nº 855/2024.
“O comércio desses produtos é ilegal e representa sérios riscos à saúde pública, pois não possuem autorização para circulação no país”, afirmou o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous.
Levantamento revela alcance da prática ilegal
Um levantamento validado pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP) identificou 1.822 páginas e anúncios ilegais relacionados a cigarros eletrônicos nas plataformas notificadas. O Instagram concentra a maior parte das infrações, com 1.637 anúncios (88,5%), seguido pelo YouTube (123 anúncios) e pelo Mercado Livre (44). TikTok e Enjoei também foram notificados, embora tenham volume menor de ocorrências.
As contas envolvidas pertencem tanto a vendedores quanto a influenciadores digitais, que somam quase 1,5 milhão de seguidores.
Para o secretário-executivo do CNCP, Andrey Correa, o combate à comercialização de produtos ilegais depende da atuação conjunta entre governo e plataformas digitais. “Nosso objetivo é garantir que o ambiente digital respeite a legislação e proteja os consumidores”, declarou.
Fonte: AgênciaBrasil
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/04/governo-manda-plataformas-removerem-propaganda-de-cigarros-eletronicos/