Israel diz que objetivo de ataques no Irã é “impedir aniquilação” e não mudar regime do país

O porta-voz do Exército de Israel afirmou neste domingo (15) que a intenção dos ataques ao Irã é “eliminar a capacidade deste regime de nos aniquilar”, destacando que não se trata de uma tentativa de “mudar o regime”. A declaração foi feita após uma nova rodada de confrontos entre os dois países.

Os ataques começaram na madrugada de sexta-feira (13), quando Israel lançou uma ofensiva sem precedentes contra Teerã, a capital do Irã, e outras regiões do país, com o objetivo de atingir militares de alto escalão, cientistas e instalações nucleares. Em resposta, o Irã disparou mísseis contra território israelense.

O Irã refuta as alegações feitas por Israel e pelos Estados Unidos de que estaria desenvolvendo uma arma nuclear, afirmando que o enriquecimento de urânio tem fins pacíficos.

Momento de tensão

O Oriente Médio vive um grande momento de tensão desde o ataque aéreo israelense contra mais de 200 instalações militares e nucleares no território iraniano na madrugada desta última sexta-feira (13), noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília.

O governo de Israel explicou que a ação tem como base informações de inteligência que indicariam que o Irã estaria próximo de finalizar o desenvolvimento uma arma atômica. O ataque resultou na morte de altos comandantes militares iranianos.

Ainda no mesmo dia da ofensiva, o Irã respondeu lançando mais de 100 mísseis balísticos contra Israel. Os embates entre as duas nações se estenderam ao longo da madrugada e continuaram pela manhã, embora em intensidade reduzida. 

Até a noite de sexta, o Irã confirmava 78 mortos e mais de 320 feridos nos ataques. Por sua vez, Israel somou 63 feridos e uma mulher morta. As forças armadas israelenses alertaram sobre mais ataques ao Irã neste sábado, em resposta às retaliações dos iranianos.

O Ministério de Relações Exteriores (MRE) publicou uma nota recomendando que brasileiros não viajem a Israel, Jordânia, Iraque, Irã, Líbano, Palestina e Síria. O comunicado também dá orientações aos brasileiros que já estão em algum destes países.

*Fonte: com informações da CNN Brasil