23 de setembro de 2025
Lula critica sanções dos EUA e defende democracia na abertura
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso na abertura da 79ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (23), para criticar as sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e alertar para o avanço do autoritarismo no mundo.

“O multilateralismo está diante de nova encruzilhada. A autoridade desta organização está em xeque. Assistimos à consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões à política do poder, atentados à soberania, sanções arbitrárias. E intervenções unilaterais estão se tornando regra”, afirmou.

Entre as medidas, Lula citou as tarifas de 50% impostas pelo governo Donald Trump a produtos brasileiros e as recentes sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes, bem como contra sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes. O governo brasileiro reagiu, classificando as ações como agressões inaceitáveis.

O presidente destacou que a independência do Judiciário está sob ataque e relacionou tais ingerências à atuação da extrema direita internacional. Ele também criticou a influência de “falsos patriotas” que, segundo ele, articulam retaliações contra o país em cooperação com governos estrangeiros. Nesse contexto, mencionou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), denunciado pela Procuradoria-Geral da República por coação.

Lula ainda ressaltou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe e outros quatro crimes, que resultou em uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão. “Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos autocratas e àqueles que os apoiam. Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis”, disse.

Além das críticas políticas, Lula reforçou que a pobreza e a desigualdade também ameaçam a democracia. Ele comemorou a retirada do Brasil do mapa da fome da FAO em 2025, mas alertou que 670 milhões de pessoas ainda passam fome no planeta. “A única guerra em que todos podem sair vencedores é a travada contra a fome e a pobreza”, afirmou.

O presidente defendeu a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada no G20 e já apoiada por 103 países, e pediu que a comunidade internacional reveja suas prioridades, reduzindo gastos militares, aliviando dívidas externas dos países mais pobres e estabelecendo uma tributação global justa para que “os super-ricos paguem mais impostos que os trabalhadores”.

*Fonte: Agência Brasil

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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/09/lula-critica-sancoes-dos-eua-e-defende-democracia-na-abertura-da-assembleia-geral-da-onu/