31 de março de 2025
Madrasta da menina que levou cocaína para escola é presa
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A madrasta da menina de quatro anos, que levou cocaína para a escola acreditando ser doce, foi presa nesta sexta-feira (28/3), no Sul de Minas. A mulher, de 20 anos, foi encontrada em Itanhandu e detida por desacato e ocultação de provas durante uma operação da Polícia Civil.

Os policiais cumpriam um mandado de busca e apreensão na casa da mulher, namorada do pai da criança, após uma denúncia anônima indicar que ele estaria escondido no local. Foragido desde a última sexta-feira, quando a droga foi encontrada com sua filha na escola, o homem não foi localizado e continua sendo procurado.

A suspeita foi intimada a prestar depoimento e afirmou não ter contato com o namorado desde que o caso veio à tona.

Os policiais então recolheram seu celular para análise, mas, segundo a polícia, a jovem reagiu de forma agressiva, tentou impedir a apreensão do aparelho e, antes que os agentes pudessem acessá-lo, destruiu o dispositivo.

Com isso, a mulher foi autuada e levada para a delegacia. As buscas pelo pai da menina continuam. 

Como a droga foi descoberta na escola 

Uma professora percebeu a situação ao ouvir alunas reclamando do “papelzinho ruim” que haviam recebido e acionou a Polícia Militar. Ao pedir para a criança mostrar o objeto, a educadora identificou um envelope semelhante a um papelote de droga. 

Ela então questionou a menina sobre a origem do material, e a criança afirmou que os pacotes estavam na casa do pai, que havia entregado para ela. A busca continuou, e, na mochila da menina, foram encontrados mais seis pacotes, além de outros nove localizados debaixo de uma cadeira. Ao todo, foram apreendidos 16 papelotes, sendo sete lacrados e nove parcialmente usados. 

Antes da chegada da Polícia Militar, o pai da criança teria ido até a escola e, ao perceber que a droga havia sido encontrada, tomou um dos papelotes da mão de uma coordenadora e fugiu. Até a publicação desta matéria, ele ainda não havia sido encontrado. 

Pouco depois, o tio da criança também esteve no local, discutiu com duas conselheiras tutelares e levou a sobrinha embora. Ele foi detido e liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). 

No mesmo dia, os exames toxicológicos realizados nas crianças que, por engano, ingeriram a cocaína confirmaram que nenhuma delas tinha a substância no organismo. Nenhuma delas apresentou sintomas ou qualquer problema de saúde. 

Avó contesta versão da polícia

Em entrevista ao Estado de Minas, a avó da criança negou a versão apresentada nos registros policiais e afirma que a família tem sofrido ameaças. Segundo ela, a casa de seu filho já foi invadida sem mandado judicial, e a imagem dele circula em grupos de mensagens com ameaças de linchamento. 

“Minha família está sofrendo calúnia, difamação, ameaça. Estamos sufocados. Ninguém está saindo de casa”, desabafou. Com medo de represálias, ela chegou a tirar a neta de casa e entregá-la aos cuidados de uma pessoa de confiança. “Se alguma coisa acontecer e alguém invadir aqui, ela não está aqui”, afirmou.

Fonte: Estado de Minas*

Fonte: https://oimparcial.com.br/policia/2025/03/madrasta-da-menina-que-levou-cocaina-para-escola-e-presa-em-mg/