Gazeta do Leste - O Jornal que virou Portal.

Compartilhe:

Nesta sexta-feira (06), ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, participou da cerimônia de entrega do certificado internacional que reconhece o Brasil como país livre da febre aftosa sem vacinação. O título foi conferido pela Organização Internacional de Saúde Animal (OMSA) e a solenidade foi realizada em Paris, na França.

O certificado abrange todas as regiões do Brasil, incluindo o Maranhão, que desde o ano passado já havia sido reconhecido no âmbito nacional, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), como zona livre da febre aftosa sem vacinação.

O reconhecimento ao Brasil é uma conquista histórica para o setor agropecuário do país, líder mundial na exportação de carne bovina, resultado proveniente de mais de 60 anos de trabalhos conjuntos que envolveram vacinação em massa, reforço na vigilância sanitária e cooperação entre União, estados e produtores rurais.

Com a certificação mundial, a carne exportada pelo Brasil e pelo Maranhão terão acesso a mercados internacionais que demandam maior controle sanitário de carnes, redução de custos e a melhoria da imagem da pecuária brasileira em todo o planeta, como avalia o governador Carlos Brandão.

“Isso abre portas para a exportação tanto do bovino como do suíno, e abre, inclusive, o mercado internacional. A gente já vendia para dentro do país, com certificado de zona livre de aftosa interestadual, mas agora recebemos essa certificação internacional. O que eu pude ver aqui são vários proprietários de frigoríficos com interesse no Maranhão. Agora eles podem se instalar, gerar emprego, gerar renda e exportar pelo Maranhão”, destacou Brandão.

Potencial do agronegócio brasileiro no mundo

O novo status sanitário internacional foi aprovado durante a realização da 92ª assembleia da OMSA que ocorreu no dia 29 de maio, porém Lula só recebeu a certificação hoje, entregue pelas mãos da diretora-geral da instituição, Emmanuelle Soubeyran.

Para o presidente, o certificado reforça o esforço de décadas e destaca o potencial do agronegócio e da pecuária brasileira para a economia de todo o país, que ele chamou de “principal negócio do Brasil”.

“Então hoje é o reconhecimento de um país que tem no agronegócio, que tem na pecuária, uma das suas mais importantes vertentes econômicas. A gente quer produzir a melhor carne, a gente quer produzir a carne mais saudável e a gente quer disputar os mercados do mundo inteiro com quem quer que seja”, disse Lula.

Setor agropecuária mais competitivo

A febre aftosa é uma doença raramente fatal aos animais e que não apresenta riscos para os humanos. Porém, o reconhecimento internacional enfatiza o compromisso dos produtores rurais com a qualidade da proteína animal brasileira ofertada a compradores de todo o mundo.

“O sucesso do Brasil tem mais implicações. Ele fortalecerá a confiança dos parceiros em comércio, facilitará a exportação do Brasil e aumentará a reputação dos produtos de alimentos brasileiros em todo o mundo, e também servirá como exemplo para outros países trabalhando para alcançar sucessos semelhantes”, disse a diretora-geral da OMSA, Emmanuelle Soubeyran.

Também presente na solenidade em Paris, o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, ressaltou o processo de integração entre os governos nacional e subnacionais que, após inúmeros anos de campanhas e intenso controle sanitário, asseguraram o reconhecimento do título de país livre da febre aftosa sem vacinação.

“Foram vários anos e diversas campanhas. A força da integração do sistema brasileiro, o governo federal, os estados, e aqui nós temos o governador do Maranhão, foram muito importantes. Os estados foram relevantes com as suas agências sanitárias, os municípios, os pecuaristas que tomaram para si a responsabilidade de vacinar, tomaram para si o compromisso de ajudar a erradicar a febre aftosa. Foi um processo que o Brasil amadureceu e chegou ao topo da sanidade mundial. O Brasil hoje está igual a todos os países do mundo que têm relevância na sanidade animal e não vamos abrir mais mão desse status”, afirmou o ministro.