
O Maranhão realizou 293 transplantes de órgãos e tecidos no primeiro semestre de 2025, sendo 12 de fígado, 37 de rim e 244 de córnea. O resultado acompanha o avanço nacional, que alcançou a marca recorde de 14,9 mil transplantes no período, um crescimento de 21% em relação a 2022.
Apesar dos números positivos, o Ministério da Saúde alerta que o volume poderia ser ainda maior, já que 45% das famílias brasileiras ainda recusam a doação. Para enfrentar esse desafio, foi lançado o Programa Nacional de Qualidade na Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Prodot), iniciativa inédita que busca qualificar o diálogo com familiares e valorizar as equipes hospitalares responsáveis pela captação e logística das doações.
Incentivo aos profissionais
Pela primeira vez, as equipes que atuam diretamente na sensibilização das famílias terão incentivos financeiros, com base no volume de atendimentos e em indicadores de desempenho, como o aumento das doações. A medida integra um pacote de ações que soma R$ 20 milhões anuais, sendo R$ 7,4 milhões destinados ao Prodot e R$ 13 milhões para novos procedimentos, como transplantes de membrana amniótica em casos graves de queimadura e transplante multivisceral para pacientes com falência intestinal.
“O Sistema Nacional de Transplantes é reconhecido mundialmente, mas o gesto das famílias continua sendo decisivo. Por isso, queremos reforçar a segurança desse processo e a importância de o doador manifestar em vida a vontade de doar. Esse ato pode salvar até quatro vidas e manter viva a memória do ente querido”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Campanha de sensibilização
Atualmente, mais de 80 mil pessoas aguardam por um transplante no Brasil, sendo 784 no Maranhão. A campanha nacional de doação de órgãos de 2025 reforça a importância de cada pessoa comunicar à família sua decisão.
Com o lema “Doação de Órgãos. Você diz sim, o Brasil inteiro agradece. Converse com a sua família, seja um doador”, a campanha traz histórias reais de familiares que autorizaram a doação e de profissionais de saúde que acompanham todo o processo.
Novos procedimentos no SUS
Durante o lançamento da campanha, no Hospital do Rim em São Paulo, foi assinada a portaria que cria a Política Nacional de Doação e Transplantes (PNDT), primeira regulamentação específica desde a criação do sistema em 1997.
Entre os avanços, está a inclusão no SUS dos transplantes de intestino delgado e multivisceral, além do uso rotineiro da membrana amniótica para tratamento de queimaduras. Também foi reajustada a diária de reabilitação intestinal, de R$ 120 para R$ 600, um aumento de 400%.
Modernização tecnológica
A nova política prevê ainda a prova cruzada virtual, exame remoto que agiliza a compatibilidade entre doador e receptor em situações de urgência, reduzindo riscos de rejeição. Outro destaque é a priorização para pacientes hipersensibilizados, que passam a ter mais chances em transplantes renais.
No campo da medula óssea, o teste de quimerismo, exame de DNA que orienta condutas médicas e monitora rejeições, passa a ser ofertado de forma regular.
Com os investimentos, o Ministério da Saúde espera não apenas aumentar o número de transplantes, mas também ampliar o acesso a novas técnicas e garantir mais equidade em todo o país.
*Fonte: Gov.br
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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/10/maranhao-faz-293-transplantes-em-2025-e-ministerio-lanca-programa-para-ampliar-doacoes/