
O Maranhão integra o seleto grupo de sete estados brasileiros capazes de liquidar suas dívidas e ainda manter caixa positivo, segundo levantamento da Secretaria da Fazenda do Paraná e destacado pelo jornal O Globo. Com Dívida Consolidada Líquida (DCL) de R$ – 1,89 bilhão, o estado mostra solidez orçamentária num momento em que muitas unidades federativas enfrentam apertos financeiros crescentes.
A posição de credor líquido — ou seja, ter mais recursos disponíveis do que obrigações financeiras — confere ao governo estadual maior margem de manobra fiscal. Em épocas de queda de arrecadação tributária, essa folga permite a manutenção de serviços essenciais e a continuidade de investimentos em infraestrutura, sem recorrer a linhas de crédito de custo elevado.
Para efeito de comparação, São Paulo, a maior economia do país, acumula DCL de R$ 306,9 bilhões e, ainda que disponha de R$ 63,6 bilhões em caixa, enfrenta pressão para honrar maturidades de empréstimos e programas sociais.
Vale ressaltar que que saldos positivos em estados de menor porte podem atrair investimentos privados. Ou seja, governos com caixa robusto e dívida controlada sinalizam estabilidade institucional, reduzindo o risco para investidores. No Maranhão, esse panorama poderá impulsionar parcerias público‑privadas em rodovias, saneamento e energia renovável, setores já priorizados no programa de concessões do estado.
Entretanto, a manutenção do superávit fiscal depende de fatores conjunturais, como o comportamento da economia nacional e a evolução das transferências federais. A despeito do saldo atual, oscilações nas receitas do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou em royalties de petróleo e gás podem alterar a equação. Para mitigar esses riscos, a equipe econômica do governo maranhense tem fortalecido o planejamento plurianual e buscado diversificar fontes de receita, incluindo estímulos a novos polos de produção agrícola e indústria leve.
Cenário nacional
No panorama nacional, o contraste entre os sete credores líquidos e as demais 20 unidades com DCL positiva revela um cenário de dívidas fiscal profundo. Estados como Rio de Janeiro (DCL de R$ 193,3 bi) e Minas Gerais (R$ 161,2 bi) têm recorrido a linhas de crédito emergenciais e renegociação de dívidas. Já no Sul, embora Paraná (R$ – 7,77 bi) e Santa Catarina (R$ 12,9 bi em caixa) apresentem bom desempenho, Rio Grande do Sul está sob regime de calamidade fiscal desde 2016. Nesse contexto, a estabilidade orçamentária do Maranhão ganha projeção como exemplo de gestão responsável e viável em tempos de crise.
Quer receber as notícias da sua cidade, do Maranhão, Brasil e Mundo na palma da sua mão? Clique AQUI para acessar o Grupo de Notícias do O Imparcial e fique por dentro de tudo!
Siga nossas redes, comente e compartilhe nossos conteúdos:
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/06/maranhao-integra-restrito-grupo-de-sete-estados-que-mantem-recursos-superiores-as-dividas/