A noite de ontem (23), foi de abertura do festival Maranhão na Tela 2024, que contou com a presença de vários cineastas, produtores, atores e atrizes, amantes da sétima arte e uma plateia lotada na sessão de estreia, além de vários homenageados.
Quem marcou presença em peso foi a família Pitanga, Antônio Pitanga, Rocco e Camila, para a exibição inédita do filme Malês (2023), com direção do próprio Antônio Pitanga e roteiro de Manuela Dias.
Antônio foi o grande homenageado da noite, aplaudido de pé pela plateia e emocionando muita gente ao falar sobre o filme, da sua trajetória até agora e de como o cinema é importante para a vida.
“Só tenho gratidão, por esse filme lindo, por essa plateia, por esse filme estar sendo apresentado para o mundo, feito com muita emoção”.
Camila Pitanga parabenizou o festival e disse que é muito importante que o Maranhão tenha um festival dessa natureza. “Poder estar nessa mesma noite com o Cláudio Assis, é fora de série. É muito emocionante para mim, atriz, filha, estar na mesma noite em que meu pai é homenageado, em que Amarelo Manga é homenageado, é muito simbólico, acho que é isso que o Maranhão na Tela faz: esses encontros. O cinema podendo ser revisitado, o meu pai que representa a história do cinema, então, essa pontes… e com provavelmente jovens cineastas e espectadores apaixonados, é uma indústria, são muitas pessoas envolvidas, então é uma emoção muito grande estar aqui hoje nesta noite”, disse.
Para Mavi Simão, realizadora do Festival, o fato do Maranhão na Tela ter em sua noite de abertura um filme nunca visto pelo público é histórico e motivo de muita comemoração. “Eu sempre sonhei ter a honra de homenagear Antônio Pitanga e esse sonho está se realizando para muito além do que jamais imaginei, pois vem junto com esse marco para história do Maranhão na Tela, que é exibir pela primeira vez um filme dessa importância”.
O drama, baseado em fatos históricos, trata de uma revolução organizada por negros escravizados na Bahia, em Salvador, levanta pautas contra o racismo extremo e à intolerância religiosa. A insurreição mobilizou a população negra, escravizada e liberta, pelas ruas de Salvador contra a escravidão, em 1835. Após a revolta não gerar um bom resultado, os manifestantes e responsáveis da organização foram duramente punidos e a represália contra os negros só aumentou. Um filme para fazer pensar.
No elenco, Rocco Pitanga, Camila Pitanga, Patrícia Pillar, Lázaro Ramos, Edvana Carvalho, e grande elenco. No longa, Antonio Pitanga interpreta Pacífico Licutan, um dos líderes do levante que reforçava a importância da participação de diferentes tribos e religiões para o sucesso da revolta e o fim da escravidão. O filme também apresenta os outros nomes reais envolvidos na rebelião, como Ahuna (Rodrigo de Odé), Manuel Calafate (Bukassa Kabengele), Vitório Sule (Heraldo de Deus) e Luís Sanim (Thiago Justino), além de personagens fictícios que retratam dramas reais, como Dassalu (Rocco Pitanga), Sabina (Camila Pitanga) e Abayome (Samira Carvalho). A estreia nos cinemas nacionais está marcada para 14 de novembro.
Além de Antônio Pitanga, a atriz Maeve Jinkings também é uma das homenageadas da edição 2024. O diretor Cláudio Assis, de Amarelo Manga (2002), também foi um dos homenageados da noite de ontem (23).
O Maranhão na Tela vai até o dia 27 de setembro e acontece no Cinema Sesc Deodoro, no Kinoplex Golden – Golden Shopping – Calhau e Museu Histórico e Artístico. Todas as atividades têm acesso gratuito.
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2024/09/maranhao-na-tela-comeca-com-exibicao-do-inedito-males-2023/