Maranhão receberá navio-sonda para exploração de petróleo, diz presidente da Gasmar

O diretor-presidente da Gasmar, Allan Kardec Duailibe, anunciou a vinda ao litoral maranhense, de um navio-sonda, embarcação especializada em perfuração offshore para exploração e produção de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas. O Amapá já recebeu, no mês passado, o navio NS-42, como parte da Avaliação Pré-Operacional (APO) necessária para a perfuração de poços na região da Margem Equatorial.

O Maranhão, com operação prevista para os próximos meses, possui duas das cinco bacias da maior fronteira exploratória de petróleo e gás do país na atualidade. “A grande fronteira exploratória é aqui. É aqui que existe a solução para o Brasil nas próximas décadas”, comenta o presidente da Gasmar, enfatizando o empenho do governador Carlos Brandão na vinda do navio-sonda.

Duailibe informa que a sonda do navio vem realizar uma sísmica, espécie de “ressonância magnética” para detectar a quantidade de óleo nas profundidades do litoral maranhense. Apenas para a sondagem, os investimentos feitos pela Petrobras são estimados em 500 milhões de dólares.

Ele destaca que a Petrobras foi pioneira na técnica conhecida como furo em águas profundas, inicialmente com 200, 300, 400 metros e hoje com alcance já de 5 quilômetros de profundidade.

“A tecnologia brasileira de águas profundas é empregada em outros países como a África. A própria Noruega, que tem trilhões de dólares em Fundo Soberano, usa a tecnologia da Petrobras. Os investimentos da Petrobras em Ciência e Tecnologia são bilionários”, atesta.

Sobre as críticas em relação aos possíveis danos ambientais, citou a iniciativa do monitoramento das operações por nanossatélites, projeto coordenado por ele na UFMA, já em tratativas junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia e com a própria Petrobras.

O monitoramento da Margem Equatorial inclui a instalação de câmeras para acompanhamento, não só das operações de exploração de petróleo da região, mas de todos os navios, fiscalizando eventuais derramamentos de óleos ou outros incidentes.

“Faz 500 anos que a gente espera uma oportunidade com esta. Houve muitos embates, mas finalmente a reservas de petróleo, maiores até do que o pré-sal, poderão trazer emprego, renda e desenvolvimento às regiões mais pobres do Brasil”, conclui.