Apesar da queda expressiva nos casos de dengue em 2025, o Ministério da Saúde alerta que o combate ao Aedes aegypti deve continuar. Nesta segunda-feira (3), a pasta lançou a campanha nacional “Não dê chance para a dengue, zika e chikungunya”, com foco na prevenção e mobilização social, e anunciou R$ 183,5 milhões para ampliar o uso de novas tecnologias de controle vetorial em todo o país.
“Mesmo com essa melhora, não podemos baixar a guarda. A dengue continua sendo a principal endemia do país, e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão em regiões onde antes o mosquito não existia”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
No Maranhão, foram registrados 5,3 mil casos prováveis neste ano, redução de 52% em relação a 2024, quando o estado somou 11,1 mil ocorrências. As mortes também diminuíram: foram três em 2025, contra sete no ano anterior.
Em nível nacional, o Brasil contabiliza 1,6 milhão de casos prováveis, 75% a menos que em 2024. As mortes, que chegaram a 1,6 mil, caíram 72% no mesmo período.
Ações e tecnologia
Para antecipar o período de maior transmissão, o Ministério está mobilizando gestores e a população para o Dia D da Dengue, marcado para este sábado (8), e divulgando o novo mapeamento entomológico, que aponta áreas de risco em mais de 3 mil municípios.
Os investimentos previstos vão ampliar o uso de tecnologias como o método Wolbachia, já implantado em 12 cidades e com expansão prevista para mais 70 até 2026. Niterói (RJ) foi a primeira a ter 100% do território coberto pela técnica, registrando queda de 89% nos casos de dengue.
Também serão reforçadas ações como o uso das Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL), a técnica do inseto estéril e a borrifação residual intradomiciliar, com inseticidas de longa duração.
Mobilização nacional
Com o lema “Contra o mosquito, todos do mesmo lado”, a campanha busca engajar a sociedade e os profissionais de saúde na eliminação de criadouros. Em 2025, o Ministério contou com o apoio da Força Nacional do SUS (FN-SUS), que auxiliou na instalação de 150 centros de hidratação e na distribuição de milhões de insumos e equipamentos de controle vetorial.
Outra medida de destaque foi a inauguração, em Curitiba (PR), da maior biofábrica de Wolbachia do mundo, com capacidade para produzir 100 milhões de ovos de mosquito por semana. A bactéria impede que o Aedes aegypti transmita os vírus da dengue, zika e chikungunya.
Vacinação em expansão
A vacinação contra a dengue, iniciada em 2024, continua em expansão. O Brasil é o primeiro país a oferecer o imunizante pelo Sistema Único de Saúde (SUS), priorizando crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em áreas de maior risco.
Até outubro, mais de 10,3 milhões de doses foram distribuídas e outras 9 milhões estão previstas para 2026. O ministro Alexandre Padilha também destacou a parceria com a empresa chinesa WuXi Biologics, que permitirá a produção em larga escala da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan — com expectativa de 40 milhões de doses anuais a partir de 2026.
A aprovação da vacina pela Anvisa está prevista até o fim do ano, consolidando o maior programa público de imunização contra a dengue no país.
*Fonte: GOV/MA
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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/11/maranhao-reduz-casos-de-dengue-em-52-mas-alerta-continua/
