O Maranhão apresentou redução significativa nas mortes por aids entre 2023 e 2024. O número de óbitos caiu de 398 para 354, uma diminuição de 11%. O resultado segue a tendência nacional: em todo o país, os óbitos recuaram 13%, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil, o menor patamar em três décadas, segundo o novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.
A queda é atribuída aos avanços em prevenção, diagnóstico precoce e ampliação do acesso gratuito a terapias de última geração pelo SUS, capazes de tornar o vírus indetectável e intransmissível. Esses progressos também contribuíram para a eliminação da transmissão vertical — quando a infecção ocorre da mãe para o bebê — como problema de saúde pública.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o marco histórico.
“Alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos. Isso só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente tecnologias modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento, e porque o país alcançou as metas de eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública”, afirmou.
Os casos de aids no Brasil também tiveram leve queda, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil em 2024. No Maranhão, foram registrados 1.280 casos no último ano. No componente materno-infantil, houve redução nacional de 7,9% nos casos de gestantes com HIV e de 4,2% nas crianças expostas ao vírus. O início tardio da profilaxia neonatal caiu 54%, evidenciando melhoria na assistência pré-natal e nas maternidades.
A transmissão vertical permaneceu abaixo dos parâmetros definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com taxa inferior a 2% e incidência menor que 0,5 caso por mil nascidos vivos. O Brasil também atingiu mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem para HIV e tratamento das gestantes diagnosticadas, mantendo a interrupção sustentada da infecção em bebês.
Em 2024, o país registrou 68,4 mil pessoas vivendo com HIV ou aids, cenário de estabilidade observado nos últimos anos. No Maranhão, foram contabilizados 2.411 registros.
Expansão da prevenção, diagnóstico e tratamento
A política de Prevenção Combinada adotada pelo Brasil ganhou força, incorporando métodos como PrEP e PEP, além da distribuição ampliada de preservativos. Desde 2023, o número de usuários da PrEP cresceu mais de 150%, alcançando 140 mil pessoas.
Na testagem, o Ministério da Saúde adquiriu 6,5 milhões de duo testes para HIV e sífilis — 65% a mais que no ano anterior — e distribuiu 780 mil autotestes para facilitar o diagnóstico precoce.
O tratamento segue garantido pelo SUS com oferta gratuita de terapia antirretroviral. Mais de 225 mil pessoas utilizam o comprimido único de lamivudina + dolutegravir, combinação de alta eficácia, melhor adesão e menor risco de efeitos adversos.
Esses avanços aproximam o país das metas globais 95-95-95: 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas, 95% delas em tratamento e 95% das tratadas com supressão viral. O Brasil já cumpriu duas dessas etapas.
Participação social e novos investimentos
O Ministério da Saúde lançou editais que somam R$ 9 milhões para fortalecer a atuação de organizações da sociedade civil no enfrentamento ao HIV, reconhecendo sua relevância histórica no controle social e no apoio às políticas públicas. A pasta também ampliou comissões e comitês de consulta e liderou a criação de um comitê interministerial voltado à eliminação de infecções determinadas socialmente, com foco especial na transmissão vertical do HIV e na aids.
*Fonte: GOVMA
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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/12/maranhao-registra-queda-de-11-nas-mortes-por-aids-entre-2023-e-2024/
