
O Maranhão lidera o ranking nacional de informalidade no mercado de trabalho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No segundo trimestre de 2025, 56,2% da população ocupada no estado estava em situação informal.
O percentual é o mais alto entre as 27 unidades da federação, seguido por Pará (55,9%) e Bahia (52,3%).
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral também revela que o Maranhão apresenta a menor proporção de trabalhadores com carteira assinada no setor privado: apenas 53,1% têm registro formal. Os índices mais altos estão em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%).
O levantamento mostra ainda que o estado está entre os três com maior percentual de trabalhadores por conta própria, atingindo 31,8%. Rondônia (35,3%) lidera essa categoria, seguida pelo Maranhão e Amazonas (30,4%).
Taxa de desocupação é a menor desde 2012
No cenário nacional, a taxa de desocupação ficou em 5,8% no segundo trimestre de 2025 — a menor da série histórica iniciada em 2012. O índice caiu em 18 estados e permaneceu estável nos outros nove.
Os menores níveis de desocupação foram observados em Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%). Já as maiores taxas foram registradas em Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%).
Perfil da desocupação
A pesquisa aponta que a taxa de desocupação entre as mulheres (6,9%) é superior à dos homens (4,8%).
No recorte por raça, pessoas brancas têm índice de 4,8%, abaixo da média nacional, enquanto pretos (7,0%) e pardos (6,4%) apresentam taxas mais elevadas.
Quanto à escolaridade, quem não concluiu o ensino médio enfrenta mais dificuldade de inserção no mercado, com taxa de 9,4%. Entre aqueles com nível superior completo, a desocupação é de 3,2%.
Rendimento e massa salarial
O rendimento médio real habitual do trabalhador brasileiro foi estimado em R$ 3.477, registrando alta em relação ao trimestre anterior (R$ 3.440) e ao mesmo período de 2024 (R$ 3.367).
A região Sudeste foi a única a apresentar aumento significativo na comparação trimestral, alcançando média de R$ 3.914.
A massa de rendimento real habitual somou R$ 351,2 bilhões, com crescimento de 2,9% em relação ao trimestre anterior e de 5,9% na comparação anual. O Sudeste teve o maior valor da série histórica, R$ 177,8 bilhões.
Sobre a pesquisa
A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho no Brasil, abrangendo 3.500 municípios e 211 mil domicílios por trimestre.
A coleta é realizada por cerca de dois mil entrevistadores do IBGE. A próxima divulgação, referente ao terceiro trimestre de 2025, está prevista para 14 de novembro.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/08/maranhao-tem-maior-indice-de-informalidade-no-pais-aponta-ibge/