2 de abril de 2025
Maranhão tem primeiro astronauta análogo
Compartilhe:

Explorar o espaço sempre foi um sonho distante para muitos brasileiros, mas Valdemiro Brito Gomes, jovem maranhense, está provando que essa realidade pode estar mais próxima do que se imagina. O estudante do 1°ano, do Centro de Ensino Dr Henrique Couto, do município de São Bernardo, foi selecionado entre mais de 500 candidatos para uma bolsa da Wogel Enterprise Aerospace, destacando-se pelo seu envolvimento em olimpíadas científicas e projetos aeroespaciais, tornando-se o primeiro astronauta análogo do Maranhão.

Nesta entrevista exclusiva a O Imparcial, Valdemiro compartilha sua trajetória, os desafios do treinamento e sua visão sobre o futuro da exploração espacial no Brasil. Com um compromisso de incentivar novos talentos na ciência, ele se tornou um embaixador da Wogel e quer inspirar jovens a acreditarem no potencial do país na corrida espacial. Confira a seguir  como foi sua jornada; quais são os próximos passos na área aeroespacial, além de outros projetos em mente.

Como surgiu seu interesse pelo espaço e pela possibilidade de se tornar um astronauta?

Meu interesse pelo espaço surgiu desde muito cedo, impulsionado pela curiosidade sobre o universo, planetas, estrelas e a exploração espacial. Sempre me fascinou a ideia de conhecer o desconhecido e entender como o cosmos funciona. Com o tempo, essa paixão se tornou mais concreta à medida que me envolvia em projetos científicos, competições e estudos na área.

Você sempre sonhou com essa carreira ou isso aconteceu ao longo do tempo?

Inicialmente, via a exploração espacial como uma paixão e um campo de estudo fascinante. No entanto, com o passar dos anos, ao participar de olimpíadas científicas, competições e projetos aeroespaciais, percebi que era um caminho que eu realmente queria seguir. A oportunidade de me tornar um astronauta análogo pela Wogel Enterprise Aerospace reforçou ainda mais essa possibilidade.

Entre olimpíadas científicas e projetos aeroespaciais

Quais foram suas maiores inspirações e referências no campo da exploração espacial?

Minhas maiores inspirações são Marcos Pontes, o primeiro brasileiro a ir ao espaço, que abriu caminho para novas gerações; Nicolinha, que desde cedo se destacou na astronomia, mostrando que a ciência não tem idade; Larissa Paiva, por seu envolvimento na pesquisa aeroespacial e seu compromisso com a divulgação científica; e Henrique Duarte, um grande exemplo na área de foguetes e exploração espacial. Cada um deles, de formas diferentes, me motivou a seguir esse caminho e a acreditar que o Brasil tem um grande potencial na área espacial.

Como foi o processo seletivo para a bolsa da Wogel Enterprise Aerospace?

O processo foi altamente concorrido, com mais de 500 candidatos de todo o Brasil. Ele envolveu diversas etapas, incluindo a avaliação do currículo acadêmico e científico, testes de conhecimento técnico e uma análise do meu perfil como divulgador científico e estudante engajado na área.

Como é a rotina de treinamento de um astronauta análogo?

A rotina é intensa e exige muito preparo físico e mental. Durante o treinamento, passamos por simulações de missões espaciais, aprendemos a operar instrumentos científicos, realizamos treinamentos em ambientes extremos e enfrentamos desafios que testam nossas habilidades de sobrevivência e adaptação.

Quais foram os maiores desafios durante a missão Antares?

Os maiores desafios foram a adaptação às condições extremas e a necessidade de manter o foco mesmo sob pressão. O treinamento é exigente, e cada decisão dentro da missão precisa ser precisa e bem calculada. Além disso, o trabalho em equipe e a resiliência foram essenciais para superar as dificuldades.

Você já teve contato com especialistas da área aeroespacial, como engenheiros e cientistas de grandes agências?

Sim, durante o curso tive a oportunidade de conhecer e interagir com especialistas da área, o que foi uma experiência incrível. Conversar com engenheiros aeroespaciais, cientistas e profissionais do setor me deu uma visão mais clara do que é necessário para seguir essa carreira e de como posso contribuir para a ciência espacial no Brasil.

Você já visitou o Centro Espacial de Alcântara? Como vê o potencial do Maranhão na área aeroespacial?

Ainda não tive a oportunidade de visitar o Centro Espacial de Alcântara, mas pretendo ir futuramente, pois já recebi propostas para conhecer o local. Acredito muito no potencial do Maranhão na área aeroespacial, principalmente pela localização estratégica de Alcântara, que permite lançamentos mais eficientes e econômicos. Se bem aproveitado, esse potencial pode colocar o Brasil em uma posição de destaque na exploração espacial.

Depois desta experiência você pretende seguir carreira como astronauta profissional?

Futuramente, quem sabe. Ainda estou explorando todas as possibilidades na área, mas a experiência como astronauta análogo me fez considerar essa possibilidade com mais seriedade.

Que conselho daria para jovens que sonham em seguir carreira na exploração espacial?

Nunca desistam dos seus sonhos e se preparem sempre. A área espacial exige dedicação, estudo e muita persistência, mas as oportunidades existem. Busquem conhecimento, participem de competições científicas, se envolvam com projetos e estejam sempre dispostos a aprender. O espaço é o futuro, e há um lugar para todos que realmente querem fazer parte dele.

Divulgação

Quer receber as notícias da sua cidade, do Maranhão, Brasil e Mundo na palma da sua mão? Clique AQUI para acessar o Grupo de Notícias do O Imparcial e fique por dentro de tudo!

Siga nossas redes, comente e compartilhe nossos conteúdos:

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/03/maranhao-tem-primeiro-astronauta-analogo/