
O câncer de colo do útero é um dos mais comuns entre as mulheres, mas tem um diferencial importantíssimo: pode ser prevenido com vacina. Apesar disso, o Brasil ainda registra números preocupantes, com cerca de 660 mil novos casos por ano no mundo.
No Brasil, ele é o terceiro tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, ficando atrás apenas dos tumores de mama e colorretal. Para 2025, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 17 mil novos casos no país, com cerca de seis mil mortes.
Por isso, a campanha Março Lilás reforça a importância da vacinação contra o HPV, principal responsável pela doença, e dos exames de rastreamento, que permitem o diagnóstico precoce.
O HPV (papilomavírus humano) é um vírus sexualmente transmissível que pode causar infecções que geram alterações na proliferação celular, propiciando o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Estima-se que mais de 90% dos casos da doença estejam relacionados a ele.
“Por isso, a melhor forma de se evitar o desenvolvimento desse tipo de câncer é a imunização, além do uso de preservativos e manutenção de acompanhamentos ginecológicos periódicos”, destaca Saulo Terra, oncologista do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano, da Rede D’Or.
A vacina contra o HPV é gratuita no SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos e para pessoas imunocomprometidas de 9 a 45 anos. Na rede privada, há também a versão nonavalente, que oferece proteção ampliada contra mais subtipos do vírus.
Além da vacina, o rastreamento regular é essencial. “O Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 25 e 64 anos façam o exame Papanicolau. Após dois resultados normais consecutivos, o teste pode ser realizado a cada três anos”, orienta o médico.
O especialista ressalta que o câncer de colo do útero é silencioso em seus estágios iniciais, tornando a prevenção ainda mais importante. “Nos casos mais avançados, podem surgir sangramentos fora da menstruação, secreção vaginal anormal, dor pélvica e sangramento após a relação sexual”.
Tratamento
O tratamento do câncer de colo de útero depende do estágio da doença – extensão e localização do tumor, idade da paciente e desejo reprodutivo –, podendo incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. “Já as lesões precursoras costumam ser tratadas com procedimentos cirúrgicos menos invasivos, novamente destacando a importância do acompanhamento regular e rastreio”, alerta o oncologista do São Luiz São Caetano.
O hospital da Rede D’Or, e primeiro da bandeira São Luiz fora da capital paulista, é referência em alta complexidade para a região do ABC. Comprometido com a excelência, a unidade possui tecnologia de ponta e equipe médica altamente qualificada, garantindo cuidado integral e seguro aos pacientes.
O médico destaca ainda que os homens também têm um papel fundamental nessa luta, começando pela própria prevenção ao HPV, que pode ser transmitido à parceira, mas também afetá-los, dando origem a outros tumores, como os de pênis e orofaringe.
“A imunização contra o HPV e o rastreamento são as chaves para salvar milhares de vidas. A campanha março lilás é uma oportunidade valiosa para disseminar informações corretas e promover o diagnóstico precoce”, finaliza Saulo Terra.
Fonte: https://oimparcial.com.br/saude/2025/03/marco-lilas-cancer-de-colo-do-utero-e-o-unico-prevenivel-por-vacina/