
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem destacado o crescimento dos transtornos mentais em todo o mundo, incluindo ansiedade e depressão. No Brasil, o cenário se agrava devido ao hábito frequente da automedicação.
Especialistas alertam que medicamentos aparentemente inofensivos — como antidepressivos, ansiolíticos, anti-inflamatórios e antialérgicos — podem comprometer significativamente a capacidade de dirigir com segurança.
A diretriz da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) aponta classes de fármacos que exigem atenção especial ao volante:
Analgésicos
Ácido acetilsalicílico e paracetamol: não apresentam impacto significativo na condução.
Opióides: elevam o risco de acidentes graves e mortes, com estudos indicando até oito vezes mais chances de ferimentos sérios.
Relaxantes Musculares
Carisoprodol: provoca sedação e lentidão de raciocínio, prejudicando a atenção e psicomotricidade.
Ciclobenzaprina: pode causar sonolência, visão turva, desequilíbrio e coordenação prejudicada.
Ansiolíticos, Sedativos e Hipnóticos
Benzodiazepínicos: aumentam consideravelmente o risco de sinistros; 2% da população adulta brasileira utiliza esses medicamentos.
Buspirona: geralmente não altera o desempenho do motorista.
Hipnóticos Z: comprometem de forma consistente a segurança ao dirigir.
Antidepressivos
Tricíclicos: aumentam o risco de acidentes, especialmente entre idosos, mesmo em doses baixas.
ISRSs (inibidores seletivos de serotonina): apresentam boa tolerância quanto a efeitos colaterais.
Trazodona: pode causar sedação, sonolência, alterações cognitivas e perda de memória.
Antialérgicos
Primeira geração (como difenidramina): comprometem significativamente a direção.
Segunda geração (como loratadina e cetirizina): efeitos variam conforme a sensibilidade individual.
Terceira geração (como fexofenadina): não apresentam impactos na condução.
Antipsicóticos e Canabinóides
A maioria dos antipsicóticos possui efeito sedativo, prejudicando a condução.
Medicamentos à base de cannabis com THC reduzem cognição, coordenação e função visual, aumentando o risco ao volante.
A recomendação dos especialistas é sempre consultar um profissional de saúde antes de dirigir ao utilizar qualquer medicamento que possa afetar a capacidade de atenção e reação.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/09/medicamentos-comuns-podem-afetar-a-seguranca-no-transito-alerta-estudo/