10 de março de 2025
Medo de perder o emprego? 40% das habilidades exigidas pelo
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Como vai o seu emprego atual? Mesmo se estiver tudo certo, é bom ligar o sinal de alerta e conferir se as suas habilidades estão em dia com o que o mercado de trabalho exige – e correr para acompanhar o avanço das tendências.

De acordo com o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, publicado pelo Fórum Econômico Mundial, 40% das habilidades exigidas pelo mercado devem mudar até 2030. O estudo revela ainda que a lacuna de competências já é um obstáculo para 63% dos empregadores quando o assunto é evitar que seus negócios se tornem obsoletos – ou seja, falta mão de obra qualificada no mercado. 

O documento ainda aponta que 59% dos trabalhadores precisarão se requalificar ou aprimorar suas habilidades até o final da década, e 11% deles provavelmente não terão essa oportunidade – o que pode deixar mais de 120 milhões de profissionais em situação de vulnerabilidade profissional. 

Para o reitor do Centro Universitário Estácio São Luís, Luís Ribeiro, a atualização constante é essencial para quem deseja se manter competitivo.

“O profissional precisa entender que a qualificação não é mais um diferencial, mas sim uma exigência. A tecnologia está transformando a maneira como trabalhamos e isso exige que as pessoas se adaptem, adquirindo novas habilidades e desenvolvendo competências que vão além do conhecimento técnico”, destaca.

Trabalhadores do futuro

Diante desse cenário, as instituições de ensino superior têm papel fundamental na formação dos profissionais do futuro. Segundo Luís Ribeiro, é essencial que as universidades adaptem seus currículos às novas demandas do mercado e ofereçam oportunidades para que os estudantes desenvolvam habilidades práticas e digitais.

“As universidades precisam estar conectadas à transformação digital. Isso significa integrar o ensino de inovação e tecnologia aos cursos, promovendo atividades de extensão e projetos que aproximem os alunos das mudanças do mercado. A formação acadêmica precisa ser dinâmica e focada na resolução de problemas reais”, explica.

Entre as habilidades mais valorizadas até 2030, o relatório do Fórum Econômico Mundial aponta a inteligência artificial, o Big Data, redes e segurança cibernética. No entanto, mesmo profissionais que não atuam diretamente na área de tecnologia precisarão compreender esses conceitos e aplicá-los em seu cotidiano.

“O mercado exige que todos os profissionais tenham, pelo menos, um conhecimento básico dessas ferramentas. Mesmo que você seja de uma área como Direito ou Educação, seu cliente ou sua empresa vai demandar soluções digitais. Por isso, investir em cursos online, workshops e certificações pode ser um grande diferencial”, aconselha o reitor da Estácio São Luís.

Além das competências tecnológicas, a liderança e a influência social também estão entre as habilidades mais valorizadas. Para Luís Ribeiro, essas características podem ser desenvolvidas dentro do ambiente de trabalho. “Liderança não é um cargo, mas uma atitude. Profissionais que buscam feedback constante, aprimoram suas habilidades de comunicação e colaboram em projetos coletivos têm mais chances de crescer e se destacar no mercado”, pontua.

E as empresas?

Apesar da necessidade de qualificação, muitos trabalhadores ainda demonstram resistência a mudanças. Para enfrentar esse desafio, as empresas e instituições de ensino precisam criar ambientes que incentivem o aprendizado contínuo.

“As organizações podem oferecer incentivos, promover treinamentos e apoiar seus colaboradores com recursos acessíveis para que eles se atualizem. A cultura do aprendizado precisa estar enraizada dentro das empresas, pois o conhecimento é um investimento para o crescimento de todos”, conclui Luís Ribeiro.

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/03/medo-de-perder-o-emprego-40-das-habilidades-exigidas-pelo-mercado-de-trabalho-devem-mudar-ate-2030/