
O Ministério da Saúde iniciou, nesta quarta-feira (17), uma consulta pública para avaliar a possível incorporação da vacina contra o herpes-zóster ao Programa Nacional de Imunização (PNI). A proposta prevê a oferta do imunizante a pessoas com 80 anos ou mais e a indivíduos imunocomprometidos a partir dos 18 anos.
A Consulta Pública nº 78 ficará aberta até 6 de outubro na plataforma Participa + Brasil. Até o momento, já foram registradas 75 contribuições. A participação é aberta a toda a população, por meio do preenchimento de um formulário eletrônico. Cada interessado pode anexar até dois arquivos com sugestões ou documentos de apoio, sendo vedado o envio de dados pessoais ou materiais de terceiros sem autorização.
As manifestações serão analisadas por uma comissão técnica responsável pela decisão sobre a inclusão da vacina no calendário do SUS. Relatórios técnicos que fundamentaram a recomendação preliminar da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) estão disponíveis para consulta pública.
Doença
O herpes-zóster, conhecido como cobreiro, é resultado da reativação do vírus varicela-zóster — o mesmo que causa a catapora. Mais comum em idosos e pessoas com baixa imunidade, provoca febre, dor intensa, lesões na pele e pode evoluir para complicações graves, como a neuralgia pós-herpética (NPH), dor crônica que persiste após a cicatrização.
Entre 2008 e 2024, o Sistema Único de Saúde registrou mais de 85 mil atendimentos ambulatoriais e 30 mil internações relacionadas à doença. De 2007 a 2023, foram contabilizadas 1.567 mortes, em sua maioria entre pessoas com mais de 50 anos.
Vacina e custos
O imunizante avaliado é uma vacina recombinante adjuvada, que combina uma proteína do vírus (antígeno gE) a um adjuvante (AS01B), fortalecendo a resposta imunológica. A aplicação é intramuscular, em duas doses, com intervalo de dois meses.
De acordo com a Conitec, os estudos demonstram eficácia superior a 80% tanto na prevenção da doença quanto da NPH. Os eventos adversos relatados foram, em geral, leves a moderados, como dor no local da aplicação, febre, cansaço e dor muscular.
O principal obstáculo é o custo: a estimativa de investimento é de R$ 5,2 bilhões em cinco anos. Para a Conitec, embora a vacina seja segura e eficaz, os benefícios não compensariam o impacto financeiro para o SUS.
*Fonte: Agência Brasil
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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/09/ministerio-da-saude-abre-consulta-publica-sobre-inclusao-de-vacina-contra-herpes-zoster-no-sus/