
O EP Vixe Beat, novo trabalho de Beto Ehong, é mais que uma coleção de músicas: é um manifesto sonoro que entrelaça modernidade e tradição em mundo cada vez mais instantaneo. Composto por seis faixas autorais, o disco apresenta produção musical de Ehong em parceria com Jotanubeat, reafirmando sua assinatura artística ao mesmo tempo em que abre espaço para diálogos criativos.
As participações especiais dão corpo e diversidade ao projeto: as vozes femininas de Ross e Val Cor trazem potência, suavidade e contrapontos emocionais; as cordas de Lucilo Muirax evocam ancestralidade e lirismo; e a percussão de Dark Brandão injeta visceralidade, o sax de Caio Correia e o bass de Jesiel Bives.
Em termos estéticos, o Vixe Beat é um cruzamento de mundos: o reggae jamaicano reinterpretado pela tradição maranhense, o rap como linguagem de resistência urbana, os tambores da cultura popular como pulsação ancestral, e as abordagens religiosas e simbólicas do Maranhão que atravessam versos e arranjos, o poder e a audácia do funk. É um trabalho que resiste à catalogação fácil, moderno, mas enraizado; experimental, mas familiar.
O título, por si só, carrega metáfora: o “vixe” é o espanto nordestino, o instante em que memória e corpo se arrepiam diante do inesperado; o “beat” é o coração eletrônico que mantém tudo pulsando. Juntos, formam a síntese de um Brasil que dança entre o passado e o futuro, reconhecendo-se nas ruas de São Luís, nos tambores de mina, no rap das periferias e nas radiolas que transformaram o reggae em identidade.
Vixe Beat se ergue, assim, como um EP de travessia: ouvir é ser levado a um passeio noturno pelas ruas da ilha, sentindo a maresia no ar, o batuque que ecoa das esquinas e a poesia que nasce da coletividade. É um convite a viver o presente sem esquecer as vozes que ecoam do ontem.
DIA 12 DE SETEMBRO NO SITE OFICIAL DO ARTISTA E EM TODAS AS PLATAFORMAS.
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/09/mistura-de-ritmos-maranhense-e-outras-influencias-vixe-beat-e-o-novo-trabalho-de-beto-ehong/