
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, fez duras críticas às articulações de brasileiros no exterior que, segundo ele, estariam tentando interferir nas ações penais relacionadas à tentativa de golpe de Estado que tramita na Corte. Sem citar nomes, Moraes classificou as ações como “covardes e traiçoeiras” e alertou para o risco de interferência estrangeira sobre o funcionamento do Judiciário brasileiro.
De acordo com o ministro, os acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) estariam atuando de maneira coordenada, o que ele descreveu como condizente com “uma verdadeira organização criminosa que de forma jamais anteriormente vista em nosso país age de maneira covarde e traiçoeira com a finalidade de tentar submeter o funcionamento deste Supremo Tribunal Federal ao crivo de um estado estrangeiro”.
Moraes também criticou a postura de “pseudo-patriotas”, que, segundo ele, estariam foragidos no exterior. A declaração é entendida como referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos. Eduardo já declarou publicamente que busca apoio do ex-presidente Donald Trump para pressionar por sanções econômicas contra o Brasil, em troca da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.
O ministro repudiou a tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros e afirmou que Eduardo — sem citá-lo diretamente — assumiu publicamente ter intermediado com um governo estrangeiro “a imposição de medidas econômicas contra o próprio país, tendo como consequência um grandioso prejuízo aos nossos empresários e a possibilidade de perda de milhares de empregos de brasileiros e brasileiras”.
Para Moraes, essas ações fazem parte de um “modus operandi golpista” que visa gerar uma crise econômica no país, como forma de pressionar o Judiciário e o Legislativo a interferirem no andamento das ações penais que já se encontram em fase final.
Lei Magnitsky
Alexandre de Moraes também comentou, de forma indireta, a sanção imposta a ele pelos Estados Unidos, com base na Lei Magnitsky. Ele citou o uso da mesma legislação como ameaça aos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre.
“As recentes ameaças aos presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre, de aplicação de um possível mau futuro, a Lei Magnitsky, como a mim aplicada, caso eles não façam o que se exige, é o que essa organização miliciana exige”, disse Moraes, em alusão a declarações recentes de Eduardo Bolsonaro.
Durante entrevista no dia 25 de julho, Eduardo sugeriu que a Lei Magnitsky poderia ser usada contra os presidentes das duas Casas legislativas, caso eles não votassem a favor de uma proposta de anistia. “Ou a anistia será aprovada, ou todos os senhores acabarão tendo o mesmo destino de Alexandre de Moraes”, afirmou o parlamentar.
*Fonte: Correio Braziliense
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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/08/moraes-condena-acoes-covardes-e-traicoeiras-e-critica-articulacoes-externas-contra-o-stf/