17 de setembro de 2025
Bolsonaro não tem previsão de alta, diz deputado
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (17) que a escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro seja realizada exclusivamente pela Polícia Federal (PF) ou pela Polícia Penal do Distrito Federal, ficando de fora os agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsáveis pela segurança pessoal do ex-presidente.

A medida foi adotada após Moraes cobrar explicações sobre o deslocamento de Bolsonaro no último domingo (14), quando ele deixou sua residência para realizar um procedimento médico em Brasília. Segundo a decisão que autorizou a saída, o ex-presidente deveria retornar imediatamente após o atendimento. No entanto, ao sair do hospital, Bolsonaro permaneceu no local enquanto seu médico concedia entrevista coletiva, sendo ovacionado por apoiadores.

Em resposta, a Polícia Penal informou que o transporte havia sido realizado pelo GSI, com apoio de agentes da PF. Para evitar novas situações semelhantes, Moraes determinou que os próximos deslocamentos sejam padronizados e conduzidos exclusivamente pela PF ou Polícia Penal.

“Determino que todo o transporte, deslocamento e escolta de Jair Messias Bolsonaro deverá ser organizado, coordenado e realizado pela Polícia Federal ou Polícia Penal, conforme a necessidade da situação, sem a participação dos agentes do GSI, que permanecerão realizando a segurança dos familiares do custodiado”, afirmou o ministro.

Moraes destacou ainda que a decisão busca “garantir a ordem pública e evitar problemas como os ocorridos no último domingo, quando o custodiado permaneceu por longo tempo em local aberto durante entrevista coletiva”.

Prisão domiciliar

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, por determinação de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga a atuação dele e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em articulações com o governo do ex-presidente norte-americano Donald Trump para retaliar autoridades brasileiras.

Na semana passada, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e mais sete réus na ação penal da trama golpista pelos crimes de:

  • organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça;
  • deterioração de patrimônio tombado.

Com a decisão, a segurança dos familiares de Bolsonaro continuará sob responsabilidade do GSI, mas os deslocamentos do ex-presidente passarão a ser atribuição exclusiva da PF e da Polícia Penal.

Fonte: Agência Brasil

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/09/moraes-determina-que-escolta-de-bolsonaro-seja-feita-pela-pf-ou-policia-penal-sem-participacao-do-gsi/