25 de agosto de 2025
Eduardo aumenta ilícitos após tornozeleira em Bolsonaro, diz Moraes
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou ao Ministério da Justiça a extradição de Eduardo Tagliaferro, seu ex-assessor no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualmente na Itália.

Tagliaferro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na última sexta-feira (22), acusado de vazar para a imprensa conversas entre servidores do STF e do TSE que trabalhavam diretamente com Moraes em 2024, período em que o ministro presidiu a Corte Eleitoral e conduziu a organização das eleições.

A PGR atribui ao ex-assessor os crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação penal sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Pedido de extradição

Após a abertura das investigações, Tagliaferro foi exonerado do cargo e deixou o Brasil em direção à Itália, onde vive. Segundo o Ministério da Justiça, o pedido de extradição já foi encaminhado ao Itamaraty. Ele chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. As mensagens vazadas tratavam de relatórios solicitados por Moraes sobre alvos de inquéritos envolvendo ataques ao Supremo e disseminação de notícias falsas contra ministros.

As conversas foram publicadas pela Folha de S. Paulo em agosto de 2024. Para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o objetivo do vazamento era fragilizar a credibilidade e levantar suspeitas sobre a imparcialidade do STF e do TSE.

Depoimento e provas

Em depoimento à Polícia Federal, Tagliaferro afirmou ter entregue seu celular desbloqueado à Polícia Civil de São Paulo em meio a um caso de violência doméstica, lançando dúvidas sobre a investigação.

A PGR, no entanto, sustenta que essa versão foi uma tentativa de dificultar o trabalho da PF. Na denúncia, Gonet cita mensagens encontradas em aparelhos apreendidos que indicam que o ex-assessor admitiu o vazamento. Em diálogo com uma interlocutora chamada Daniela, Tagliaferro relatou que havia conversado com jornalistas da Folha, afirmando que o veículo “investigava o ministro” e que o repórter responsável pela pauta “detonava o ministro”. Em seguida, garantiu que “não serei identificado”.

Para o procurador-geral, o episódio foi uma “estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas”.

Entrevista e novas ameaças

A denúncia também cita entrevista de Tagliaferro concedida no mês passado ao blogueiro Allan dos Santos, investigado por ataques ao STF. Na ocasião, o ex-assessor ameaçou divulgar novas informações sigilosas.

“Tenho bastante coisa”, disse. “Tem algumas coisas fraudulentas que foram feitas”, afirmou, acusando Moraes de direcionar investigações contra personalidades de direita.

Segundo Gonet, a entrevista reforça o vínculo de Tagliaferro com uma organização criminosa voltada a atacar as instituições brasileiras.

“O anúncio público recente (30.07.2025), em Estado estrangeiro, da intenção de revelar novas informações funcionais sigilosas, lançando, inclusive, campanha de arrecadação de recursos para financiar o seu intento criminoso, atende ao propósito da organização criminosa de tentar impedir e restringir o livre exercício do Poder Judiciário”, escreveu o PGR.

*Fonte: Agência Brasil

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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/08/moraes-pede-extradicao-de-ex-assessor-acusado-de-vazar-mensagens-sigilosas-do-stf-e-tse/