Nova federação política pode impulsionar lideranças locais em 2026

No cenário político brasileiro, onde cada movimento pode redefinir alianças e alterar os rumos de eleições futuras, a formação da Federação União Progressista (UPb) marca uma reconfiguração de forças que promete ter reflexos diretos no Maranhão. A união entre União Brasil e Progressistas não apenas consolida a maior bancada do Congresso Nacional, mas também pavimenta o caminho para dois nomes maranhenses despontarem como protagonistas em 2026: o deputado federal Pedro Lucas Fernandes e o ministro do Esporte, André Fufuca. Ambos já são tratados como peças estratégicas no arranjo político que se desenha para os próximos anos.

A oficialização da federação ocorreu nesta terça-feira (19), reunindo lideranças nacionais em um evento marcado por discursos que alternaram críticas ao governo Lula e projeções otimistas sobre o futuro da nova sigla. Com a fusão, a União Progressista se tornou a maior força política do país: 109 deputados federais, 15 senadores, 1.335 prefeitos, sete governadores e o controle da maior fatia do financiamento público de campanhas — cerca de R$ 953,8 milhões do fundo eleitoral e R$ 197,6 milhões do fundo partidário, considerando os valores de 2024.

Pedro Lucas Fernandes não escondeu o entusiasmo com o novo cenário.

“Tenho certeza de que a federação nasce para liderar um novo ciclo de prosperidade no Brasil, transformando energia em crescimento, coragem em resultado e colocando o país no rumo certo. Nossa missão é clara: evitar que o Brasil se desvie de seu caminho. E o nosso caminho é pra cima. É trabalho, mérito e compromisso com aqueles que fazem a roda girar. É acreditar que este país nasceu para ser grandioso, e cabe a nós provocar essa mudança”, disse o parlamentar, líder do União Brasil na Câmara.

Nova federação apoiará Orleans Brandão em 2026

Já André Fufuca, apesar de evitar comentar se permanecerá no governo Lula até o fim, também se fortalece dentro da federação. Questionado por jornalistas sobre um possível desembarque do Progressistas da base governista, o ministro desconversou. “Não, eu não falo sobre isso. O assunto aqui é outro”, respondeu, limitando-se a destacar sua boa relação pessoal com o presidente e a percepção de que “o Brasil está no caminho certo”. Ainda assim, sob reserva, dirigentes da federação recentemente admitiram que o rompimento com o Planalto deve ocorrer, no máximo, até o final de 2025.

No Maranhão, o impacto da federação é imediato. Em julho, o União Brasil oficializou apoio à pré-candidatura de Orleans Brandão (MDB) ao governo estadual — sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB) e nome visto como estratégico da base para 2026. Na mesma ocasião, foram anunciados Pedro Lucas e Fufuca como pré-candidatos ao Senado, movimento que pode redefinir a correlação de forças no estado e influenciar diretamente a disputa majoritária.  Ambos fazem parte da base do govwernador Carlos Brandão. 

A nova configuração fortalece a dupla maranhense em um partido que, segundo o presidente nacional do União Brasil, Antônio de Rueda, será “invencível” em 2026. “Essa federação não é uma mera soma de números; é uma multiplicação de forças, uma sinergia que nos posiciona como a maior potência política do Brasil, com acesso aos maiores recursos do fundo eleitoral e partidário para impulsionar nossas ideias. Imaginem o impacto disso”, afirmou Rueda na ocasião.

Nomes de peso na legenda 

Além de Pedro Lucas e Fufuca, a federação reúne nomes de peso como ACM Neto, Arthur Lira, Davi Alcolumbre, Ronaldo Caiado, Ciro Nogueira e Ricardo Barros. O estatuto estabelece que, até o fim de 2025, o comando será compartilhado entre Rueda e Ciro, e a partir de 2026 caberá exclusivamente a Rueda.

A recente federação sinalizou que deverá adotar uma postura de oposição ao governo federal. Além disso, esse movimento político reforça a percepção de que Pedro Lucas e Fufuca terão papel decisivo não apenas no Maranhão, mas também na projeção nacional do grupo, em um cenário onde a disputa presidencial já começa a ser desenhada com a possível candidatura de Tarcísio de Freitas.

Assim, a oficialização da União Progressista não apenas reposiciona blocos partidários em Brasília, mas coloca o Maranhão no centro de um jogo político que promete ser decisivo em 2026 — com Pedro Lucas Fernandes e André Fufuca como protagonistas de uma disputa que tende a ser das mais acirradas da história recente do estado.