8 de janeiro de 2025
Novo esquema vacinal contra a pólio não utilizará gotinhas; confira
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Este ano, crianças de 2 meses, 4 meses e 6 meses receberão exclusivamente a vacina injetável que visa prevenir casos de poliomielite, também identificada como paralisia infantil. Além da primeira, há também uma segunda dose injetável de reforço, a ser aplicada aos 15 meses de vida.

As famosas gotinhas foram aposentadas oficialmente e deixaram de integrar o calendário de vacinação infantil brasileiro em novembro do ano passado. Portanto, não se trata de uma nova dose, mas sim de um novo esquema vacinal que tem como objetivo promover a imunização contra a pólio.

De acordo com o Ministério da Saúde, a mudança é baseada em evidências científicas e orientações internacionais. Segundo as recomendações, a vacina oral de poliomielite (VOP) contém o vírus enfraquecido e, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode ocasionar em casos da doença oriundos da vacina.

Com o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, a substituição da dose oral pela injetável é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A recomendação é que a VOP seja apenas utilizada em controle de surtos, assim como ocorre na Faixa de Gaza. Em agosto de 2024, foi confirmado em um bebê de 10 meses, o primeiro caso de pólio em 25 anos na região.

Entenda o caso

No ano de 2023, foi informado pelo Ministério da Saúde que passariam a adotar exclusivamente a vacina inativada poliomielite (VIP) no reforço aplicado aos 15 meses de idade, que até aquele momento era realizada de forma oral.

A dose injetável já vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida. Segundo a pasta, a segunda dose de reforço, que anteriormente era aplicada aos 4 anos, não se faz mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses garante proteção total contra a doença.

A atualização levou em consideração critérios epidemiológicos, evidências ligadas à vacina e recomendações internacionais sobre o assunto. Desde o ano de 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, no entanto as coberturas vacinais sofreram sucessivas quedas nos últimos anos. Já em 2022 por exemplo, a cobertura ficou em 77,19%, longe da meta de 95%. 

Calendário

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação é uma das estratégias mais eficazes para preservar a saúde da população e essencial para fortalecer e estabelecer uma sociedade saudável e resistente. “Além de prevenir doenças graves, a imunização contribui para reduzir a disseminação desses agentes infecciosos na comunidade, protegendo aqueles que não podem ser vacinados por motivos de saúde”.

Na rotina dos serviços, o calendário nacional de vacinação contempla 19 vacinas, que estabelecem proteção em todos os ciclos de vida, desde o nascimento até a idade mais avançada.

Além da pólio, a lista de doenças imunopreveníveis inclui rubéola, sarampo, coqueluche e tétano. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) coordena as campanhas anuais de vacinação, que visam alcançar altas coberturas vacinais, garantindo proteção individual e coletiva.

Confira aqui os calendários completos de vacinação oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para gestantes, idosos, crianças, adolescentes e adultos.

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/01/novo-esquema-vacinal-contra-a-polio-nao-utilizara-gotinhas-confira-o-calendario-de-vacinacao/