16 de setembro de 2025
Novo estudo indica que vida inteligente no Universo pode ser
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A possibilidade de que o Universo esteja repleto de civilizações avançadas sempre despertou fascínio entre cientistas e curiosos. Afinal, com bilhões de planetas apenas na Via Láctea, não seria improvável imaginar que muitos deles abrigassem formas de vida complexa. Um novo estudo, porém, indica que a realidade pode ser bem diferente: a vida inteligente tende a ser um fenômeno extremamente raro.

O trabalho, conduzido por cientistas do Instituto de Pesquisa Espacial da Academia Austríaca de Ciências, em Graz, e publicado na semana passada, analisou as condições atmosféricas e geológicas necessárias para o surgimento de civilizações tecnológicas. A pesquisa foi liderada por Manuel Scherf e Helmut Lammer.

De acordo com os cientistas, não basta que um planeta esteja na chamada “zona habitável”, onde a água líquida pode existir. É preciso uma combinação de fatores muito específicos: uma atmosfera semelhante à da Terra, rica em nitrogênio e oxigênio; níveis controlados de dióxido de carbono; e a presença de placas tectônicas, que regulam o ciclo do carbono ao longo de bilhões de anos.

Na Terra, esse equilíbrio levou mais de 3 bilhões de anos até que surgisse a inteligência humana. A composição da atmosfera foi decisiva: já chegou a ter 6% de dióxido de carbono, hoje está abaixo de 1%. O oxigênio, atualmente em 21%, também foi determinante não só para a sobrevivência animal, mas para avanços tecnológicos, como a fundição de metais.

Com base nesses parâmetros, os pesquisadores estimam que a Via Láctea pode abrigar apenas algumas poucas civilizações inteligentes. A mais próxima da Terra poderia estar a cerca de 33 mil anos-luz de distância e já teria centenas de milhares de anos de existência. Para que duas delas coexistam no mesmo período, a expectativa média de vida dessas sociedades deveria ser de, no mínimo, 280 mil anos. Se fossem dez civilizações, cada uma teria de durar mais de 10 milhões de anos.

Apesar da conclusão pouco otimista, os autores defendem a continuidade da busca por sinais de vida extraterrestre. “Embora as ETs possam ser raras, só há uma maneira de realmente descobrir: procurando por elas”, afirmou Manuel Scherf. “Se não encontrarmos nada, nossa teoria se fortalece. Mas, se o SETI detectar algo, será um dos maiores avanços científicos da história, a prova de que não estamos sozinhos no Universo.”

*Fonte: Correio Braziliense

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Fonte: https://oimparcial.com.br/o-imparcial/2025/09/novo-estudo-indica-que-vida-inteligente-no-universo-pode-ser-quase-inexistente/