O estado de conservação das florestas do mundo continua a ser um motivo de preocupação, apesar de algumas melhorias observadas na última década, conforme um comunicado da FAO, a agência da ONU para a agricultura, divulgado nesta terça-feira (21/10). Embora o desmatamento e os incêndios – principais responsáveis pela redução da área florestal mundial – tenham diminuído, o processo de devastação segue em um ritmo acelerado, especialmente no Brasil.
Ao levar em consideração as plantações florestais, a “perda líquida” de florestas é de 4,12 milhões de hectares por ano no período de 2015 a 2025. Esse índice representa uma redução de duas a três vezes em relação à década de 1990-2000. Contudo, “os ecossistemas florestais em todo o mundo ainda enfrentam dificuldades, com um ritmo atual de desmatamento ainda muito elevado, de 10,9 milhões de hectares por ano”, escreve a FAO na sua “Avaliação dos Recursos Florestais Mundiais” quinquenal. Essa taxa equivale a mais de 12 km² de florestas destruídas a cada hora.
O documento da FAO não fornece razões detalhadas para o desmatamento, mencionando apenas a “complexidade das dinâmicas no uso da terra”. A maior parte da perda ocorre nas zonas tropicais, onde se concentra 88% do desmatamento mundial, com a Amazônia sendo destacada como a área sob maior pressão da agricultura.
O Brasil é o país responsável por mais de 70% dessa perda líquida global, registrando 2,94 milhões de hectares por ano, embora concentre 12% das florestas do planeta. Apesar do quadro, a FAO observa que “o Brasil registrou uma redução significativa no ritmo da perda líquida de florestas”, que foi quase reduzida pela metade (queda de 49%) em comparação com a última década do século 20.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/10/onu-aponta-brasil-como-responsavel-por-70-do-desmatamento-de-florestas-no-mundo/
