
Nesta Páscoa, o consumidor brasileiro se depara com preços mais salgados. O aumento expressivo no valor do cacau, 190% nos últimos dois anos, impactou diretamente o preço final dos tradicionais ovos de chocolate.
A alta nos custos de produção, somada à inflação que pressiona o bolso das famílias, fez com que muitos repensem que a Páscoa mais cara leva consumidores a buscar alternativas para empreender.
Segundo um levantamento feito pela SoluCX, quase um quinto (18,2%) dos brasileiros optou por não comprar ovos de Páscoa neste ano. Entre eles, 81,1% justificaram a decisão com o alto preço dos produtos. Diante desse cenário, cresce a procura por alternativas mais acessíveis e personalizadas para celebrar a data, como chocolates artesanais, kits com bombons caseiros, lembranças temáticas e até produtos não alimentícios.
De acordo com André Minucci, especialista em mentoria empresarial, essa mudança de comportamento representa uma oportunidade para quem deseja empreender ou reforçar o orçamento com uma renda extra.
“Momentos de crise são também momentos de criatividade. Quando o consumidor está mais sensível ao preço, ele também valoriza a originalidade, o atendimento personalizado e a entrega com afeto, e tudo isso pode ser oferecido por pequenos produtores e empreendedores”, destaca Minucci.
Diversificação
As opções para quem deseja lucrar na Páscoa são diversas: produção de ovos artesanais, trufas, bolos decorados, cestas temáticas, produtos personalizados com nomes ou mensagens especiais, e até brinquedos feitos à mão com temática pascal.
A doceira Ana Castro diversifica o cardápio nesta época do ano. De ovos tradicionais até bombons caseiros, tudo está valendo. “Estamos preparados para oferecer qualquer tipo de produto. Acho que quem trabalha com doces, bolos e afins tem um leque de opções para oferecer para o cliente”, disse.
O investimento inicial pode ser baixo, especialmente quando se começa com a produção sob encomenda e vendas pelas redes sociais. Minucci recomenda que o empreendedor iniciante se atente a três pilares: capricho na apresentação, clareza na comunicação com o cliente e cuidado com os custos.
“Não basta vender barato. É preciso calcular corretamente o custo dos ingredientes, embalagens e tempo de produção, para garantir margem de lucro e sustentabilidade do negócio”, afirma.
Além da venda de produtos, há quem aproveite a data para oferecer serviços com foco na experiência: recreações com coelhinhos, oficinas de pintura de ovos para crianças, delivery de Páscoa com fantasia temática, entre outros. A diversificação de formatos tem se mostrado eficaz para atingir diferentes públicos e orçamentos.
Em tempos de incerteza econômica, adaptar-se ao mercado e entender os novos hábitos do consumidor são estratégias fundamentais para quem deseja crescer. A Páscoa, tradicionalmente voltada ao consumo, pode ser ressignificada como uma oportunidade de conexão afetiva, tanto para quem compra e quem vende.
No fim, mais do que chocolate, o que muitos buscam é a simbologia da data: afeto, união e renovação. Nesse sentido, a criatividade e o empreendedorismo se tornam não só soluções econômicas, mas também pontes para fortalecer laços e reinventar tradições.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/04/pascoa-mais-cara-leva-consumidores-a-buscar-alternativas-para-empreender/