Pedro Chagas pode assumir a EMAP

A reconfiguração política do governo Carlos Brandão começa a ganhar contornos mais evidentes com a movimentação para ajustar as peças de sua gestão. A primeira medida concreta, foi a exoneração do advogado Pedro Carvalho Chagas do comando da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), anunciada em ato publicado no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira (10).

Pedro Chagas está cotado para assumir a presidência da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), que gerencia o Porto do Itaqui. A troca ocorre após a exoneração do atual presidente, Gilberto Lins Neto, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão atendeu à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada pelo partido Solidariedade, liderado no estado pelo deputado estadual Othelino Neto, que questionou a nomeação de Lins sob suspeita de nepotismo, já que ele é casado com uma sobrinha do governador.

O nome de Chagas agora depende do referendo do Conselho Administrativo do Porto, que avaliará a indicação nos próximos dias. Até lá, permanece a dúvida sobre quem assumirá o comando da SEMA, uma pasta estratégica diante dos desafios ambientais e de desenvolvimento sustentável no Maranhão.

Com a saída de Pedro Chagas da SEMA, há uma forte especulação que o Partido Liberal (PL), comandado no estado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho, deve indicar o próximo titular da pasta. Caso isso realmente se confirme, essa escolha reflete o peso político que Brandão confere ao PL na composição de sua base aliada, reforçando alianças importantes para os desafios administrativos e políticos que sua gestão enfrenta.

Sinais de uma reforma mais ampla

Embora ainda tímido, o movimento de Brandão sugere que mudanças mais profundas estão em gestação. Fontes próximas ao governo afirmam que o governador pretende imprimir maior celeridade na formação de uma equipe que atenda às expectativas de sua gestão e ao novo cenário político pós-eleições.

As próximas semanas devem trazer novos desdobramentos, com a expectativa de que a reforma administrativa abarque outros setores e amplie o impacto das decisões recentes. O objetivo do governador parece claro: consolidar sua base política e alinhar a gestão estadual às prioridades do segundo mandato.

Este movimento pode marcar o início de uma possível reforma administrativa mais ampla, envolvendo tanto o primeiro quanto o segundo escalão do governo, com implicações que vão além da reorganização interna do Palácio dos Leões.

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