
Pesquisadores da Universidade do Texas, no Estados Unidos, conseguiram descobrir a existência de uma enzima que pode possibilitar o controle do colesterol e a redução do risco de doenças graves como problemas cardíacos, diabetes e até alguns tipos de câncer. O descobrimento foi divulgado na revista científica Langmuir no 1° dia de maio e pode ajudar na criação de novos medicamentos.
O direcionamento principal da pesquisa é a enzima IDO1, que se ativa durante processos inflamatórios no corpo. Nesse momento de ativação, ela libera uma substância nomeada de quinurenina, que dificulta o trabalho de células do sistema imunológico conhecidas como macrófagos. Entre outros papéis, as células ajudam a absorver o colesterol e, quando essa tarefa falha, eleva o acúmulo da substância nas artérias, o que pode resultar em doenças crônicas.
Inflamação desregula o colesterol
A inflamação é um processo natural do corpo humano, fundamental para combater infecções e reparar tecidos. Porém, quando perde o controle, seja por estresse, lesões ou doenças, pode prejudicar o pleno funcionamento das células. Nesse contexto, os macrófagos possuem dificuldades para processar o colesterol de forma correta.
Ao bloquear a atividade da enzima IDO1, os cientistas descobriram que os macrófagos voltam a funcionar normalmente, reabsorvendo o colesterol de maneira eficiente. Tal sistematização pode ser uma nova estratégia para seguir com os níveis de colesterol sob controle, ajudando a prevenir doenças cardiovasculares e outras condições relacionadas à inflamação.
Próximos passos
O estudo ainda está em etapa inicial, no entanto os resultados são promissores. O professor Subhrangsu S. Mandal, principal autor da pesquisa, ressalta que entender como essas enzimas afetam o colesterol pode impactar diretamente o tratamento de doenças comuns.
“Sabemos que o acúmulo excessivo de colesterol nos macrófagos pode levar à obstrução das artérias, doenças cardíacas e uma série de outras enfermidades. Se conseguirmos impedir esse processo, teremos uma nova forma de prevenção”, disse Mandal, em comunicado.
A próxima etapa dos pesquisadores será estudar de maneira mais profunda como a IDO1 se comporta e quais os riscos e possibilidades de bloqueá-la com segurança. Espera-se que, no futuro, a descoberta ajude na criação de novos medicamentos para controlar a inflamação e o colesterol, dois aspectos centrais na saúde cardiovascular.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/06/pesquisadores-descobrem-enzima-que-pode-evitar-diabetes-e-doencas-cardiacas/